Conselheiros do Subcomitê Arrudas fazem visita técnica a nascentes da sub-bacia

03/08/2015 - 18:34

Melhorar a qualidade da água para o consumo e sua utilização em todos os aspectos necessários, além de preservar as nascentes e o meio ambiente devem ser medidas constantes em nossa sociedade, a fim de garantir a sobrevivência tanto humana quanto das espécies de plantas e animais que habitam a superfície terrestre.

Para que isso seja alcançado, os cuidados devem se iniciar com a preservação das nascentes, pois, são as origens dos rios que abastecem nossas casas. Elas são manifestações superficiais de água armazenadas em reservatórios subterrâneos, chamados de aquíferos ou lençóis, que dão início a pequenos cursos d’água, que formam os córregos, se juntando para originar os riachos e dessa forma surgem os rios.

Essa foi a proposta da visita técnica realizada por uma equipe do Subcomitê Arrudas, em julho, a algumas nascentes da sub-bacia. De acordo com a conselheira do Subcomitê, Cecília Rute de Andrade, a visita foi uma possibilidade de rever como estavam as nascentes e os cuidados com esses importantes locais. “Infelizmente encontramos muitos locais abandonados, nascentes sem cuidados e regiões precisando de melhorias estruturais”, disse ao ressaltar que o trabalho para recuperação e conscientização da população vai continuar com uma proposta de continuação do projeto hidroambiental voltado a essas nascentes. “Quanto aos processos de recuperação e conservação de nascentes, eles se baseiam, principalmente, na adoção de procedimentos que atuam na relação solo/ água/ planta. Por isso temos que promover ações voltadas a revitalização e preservação dessas áreas criando assim condições favoráveis às nascentes”.

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Crédito: CBH Rio das Velhas – TantoExpresso

Foram visitadas as nascentes dos bairros Paraíso, na bacia do Navio Baleia; Santa Lúcia, bacia do córrego Leitão e duas na Vila Acaba Mundo, na bacia do córrego Acaba Mundo. “Ao visitar essas áreas percebemos que é fundamental envolver a comunidade nas ações pró-nascente. Todos tem que participar e fazer com que a nascente seja pertencente à comunidade. Se os hábitos de destruição e poluição forem mudados conseguiremos reverter e melhorar a situação”, disse um dos integrantes do Subcomitê.

Nascentes urbanas

A dinâmica das nascentes é extremamente sensível às alterações no uso do solo decorrentes dos processos de urbanização e metropolização. Parte integrante do sistema ambiental, essencial na manutenção do equilíbrio hidrológico de cursos fluviais e do ambiente, as nascentes de Belo Horizonte estão, em sua grande maioria, descaracterizadas em função da expansão da mancha urbana e do adensamento populacional.

Segundo estudo dos órgãos ligados ao Meio Ambiente, aproximadamente 80% do município encontra-se total ou parcialmente impermeabilizado, alterando as condições de infiltração da água pluvial e impedindo a exfiltração das águas subterrâneas; o que traz como consequência a degradação ou desaparecimento de inúmeras nascentes. Desse modo, as poucas áreas ainda não ocupadas e as unidades de conservação ganham importância ao abrigarem nascentes com estado ambiental mais próximo do natural.

“Nosso objetivo com a visita e o Projeto Nascentes é proteger esses espaços, revelar como estão as nascentes e discutir, a partir de estudos preliminares, as possíveis consequências dos impactos ambientais na dinâmica das nascentes, promovidos pelo processo de metropolização”, disse Cecília Rute.

Para especialistas, no caso das nascentes urbanas o processo de gestão ambiental e territorial não devem se restringir ao manejo das unidades de conservação. O planejamento urbano e regional devem abarcar preocupações com a busca do funcionamento equilibrado dos processos ambientais de caráter ecológico, econômico e social, minimizando problemas atuais e evitando-os do futuro.

E por sua vez, as nascentes devem ser identificadas, estudadas e suas Áreas de Preservação Permanente (APP) respeitadas, para que se garanta a proteção dos sistemas hidrológicos superficiais. As orientações para que isso ocorra estão nos cuidados quanto ao desmatamento no entorno das nascentes e o acúmulo de lixo nas regiões próximas a elas.

“A partir da proposta do plano de preservação poderemos fazer com que as nascentes sejam conhecidas e a partir daí trazer propostas para a preservação e revitalização dos locais onde elas estão”, afirmou Cecília.

Veja as fotos da visita

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