Macrozoneamento RMBH é apresentado e discutido pelo Subcomitê Ribeirão da Mata

03/12/2014 - 13:39

O Subcomitê Ribeirão da Mata se reuniu no dia 24 de novembro, em Pedro Leopoldo. Muito participativo, o encontro discutiu propostas de diagnóstico de ações estruturais relacionadas às questões ambientais dos municípios da Bacia do ribeirão.

Na oportunidade também foi eleito o representante do segmento usuário. Rogério Rodrigues Gonçalves, da Copasa, foi o escolhido.

“Os Subcomitês são segmentos locais do Comitê”, disse José Procópio de Castro, coordenador geral do Subcomitê Ribeirão da Mata. Para ele, as propostas estruturais para os Subcomitês e os planos de saneamento realizados pelo Comitê são sinais do avanço nas questões pró rio das Velhas. “Queremos criar um processo integrado. Os grupos partem das ações conjuntas. Essa é uma nova maneira de ver a questão ambiental” declarou.

Veja fotos da reunião

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Macrozoneamento Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)

As tendências recentes e perspectivas de reestruturação territorial da região metropolitana da capital, além da identificação preliminar das chamadas zonas e áreas de interesse metropolitano (ZIMs e AIMs), foram apresentadas na reunião pelos professores Diomira Faria e Julian Eleutério, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O programa de Macrozoneamento Metropolitano integra a Política Territorial de Regulação de Uso do Solo, uma das 28 políticas do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da RMBH. Para organizar a discussão foram identificados seis grandes vetores que, hoje, compõem o foco dos estudos na RMBH (Norte, Noroeste, Leste, Sul, Sudoeste e Oeste). Todas essas áreas passaram por movimentos de reestruturação territorial nos últimos anos, por meio da expansão urbana residencial e industrial, do avanço da tecnologia, da ampliação do turismo, entre outros fatores.

Nesse processo, ela destaca o rio das Velhas e áreas importantes como os mananciais que podem se tornar referência para as políticas públicas estratégicas no que tange aos recursos hídricos para a capital e região.

Zonas e áreas de interesse

“A identificação, delimitação e definição de formas e padrões de ocupação das Zonas e Áreas de Interesse Metropolitano são o objeto principal do Macrozoneamento. Trata-se daqueles espaços de definição supramunicipal em que a gestão não pode ser apenas do município ou do estado. Nesses espaços, é preciso que haja gestão compartilhada”, explica Diomira Faria, coordenadora do eixo ambiental do projeto Macrozoneamento da RMBH.

As zonas de interesse são espaços relativamente pequenos, para os quais serão propostos modelos de ocupação e padrões de uso do solo. Já as áreas de interesse metropolitano são espaços maiores, que deverão ser objeto prioritário de políticas estratégicas.

Trama verde-azul

As Zonas e Áreas de Interesse Metropolitano englobam as centralidades e eixos estruturantes metropolitanos, além de áreas industriais, complexos ambientais culturais, áreas habitacionais, espaços de ruralidade, entre outros a serem definidos. Uma das propostas é a de criação de uma “trama verde-azul”, ideia originária da França cujo objetivo é articular espaços verdes, bacias hidrográficas, áreas de preservação e proteção, áreas de interesse ambiental e cultural, corredores de transporte, enfim, uma trama de espaços de interesse metropolitano. “Nossa proposta está relacionada à ligação e articulação dos cursos de água com um sistema de áreas protegidas de parques lineares urbanos e corredores ecológicos”, revelou o professor de engenharia hidráulica e recursos hídricos da UFMG, Julian Eleutério.

O professor ainda acrescenta que já existe um mapa preliminar dessa trama verde-azul, que envolve os seis grandes eixos da RMBH. “Temos visto, não apenas no Brasil, mas mundo afora, uma tentativa de naturalizar a cidade, trazer a região metropolitana para dentro da cidade, dando visibilidade e força à presença da natureza. Esse pode ser um elemento importante de reestruturação urbana e de valorização desses espaços que a gente pretende que sejam as novas centralidades metropolitanas.”

Saiba mais sobre o Macrozoneamento RMBH acesse o link: www.rmbh.org.br