Subcomitê discute as potencialidades da foz do Rio Itabirito

19/09/2017 - 19:59

Com o intuito de discutir sobre as belezas, potencialidades e impactos na confluência dos rios Itabirito e das Velhas, o Subcomitê local se reuniu na quinta-feira (14), na propriedade do sr. Aureliano Roquete, situada na margem da foz do Rio Itabirito. O local é interligado por uma antiga estrada entre os municípios de Itabirito e Rio Acima, a qual está desativada pela depreciação da ponte que ligava os dois municípios.

O encontro dos rios Itabirito e das Velhas forma um cenário paradisíaco e com grande potencial turístico. “A região da foz é muito rica e importante para as duas bacias e consiste na presença de cânion encaixado, em fundo de vale com corredeiras e cercado de vegetação de mata atlântica expressiva. O local possui uma qualidade ambiental importante, mas pouco explorada pela falta de política pública”, explicou Ronald Guerra, conselheiro do Subcomitê Rio Itabirito.

Ele ainda alerta que o abandono da localidade gera inseguranças, pois, com a falta de incentivo e fiscalização do poder público, o local é uma porta de acesso para atividades irregulares como a exploração de ouro por dragas clandestinas, a retirada de trilhos e dormentes da antiga estrada entre Itabirito e Rio Acima e desmatamento.

O morador da propriedade próxima à foz, sr. Aureliano Roquete, salienta que antigamente a estrada era utilizada como rota de fuga para bandidos, já que o trecho sofre com o abandono das autoridades.

Em meio a esse contexto, o Subcomitê discute formas de revitalizar a área para a atividade de ecoturismo, o que é uma forma de garantir a preservação, conservação e segurança do território. “A região possui um potencial turístico imenso, podemos pensar na utilização das trilhas para caminhadas e passeios de bicicletas, os acessos que ligavam Itabirito a Rio Acima podem ser roteiros para passeios de jipe e há também a possibilidade de um turismo na margem do rio”, refletiu Guerra.

A contaminação de esgoto na foz do Rio Itabirito também é um fator que impede a prática de esportes. “O trecho da foz ainda não pode ser utilizado para a canoagem esportiva, por conta da poluição que ainda existe mesmo com o tratamento de esgoto. Mas, na medida em que a Prefeitura avança na interceptação e na melhoria do tratamento, logo teremos um rio com uma qualidade de água plena e até para a balneabilidade”, afirmou Guerra.

Veja as fotos do local

Confiram vídeo da Expedição pelo Rio das Velhas em 2009,
abordando a potencialidade da canoagem esportiva na região

Estação de Tratamento de Esgoto – SAAE Itabirito

Segundo Raphael Silva, químico responsável pelo monitoramento e qualidade de água, a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) trata, atualmente, entre 65% e 70% do esgoto que é gerado na sede urbana do município de Itabirito – as áreas dos distritos ainda não possuem tratamento, mas já existem especulações e pesquisa sobre tecnologias eficientes para o tratamento nessas áreas.

Silva também informou que, para a otimização do trabalho, há projetos sendo realizados para a ampliação da ETE e das unidades de tratamento, levando em consideração o crescimento populacional.

Sobre o tratamento, Silva falou que a estação alcança uma média de eficiência de 90% e que é possível perceber que a interceptação do esgoto gerou uma melhoria na cor aparente do rio e um enriquecimento da ictiofauna.

Veja as fotos da ETE

UTE Rio Itabirito

A Unidade Territorial Estratégica (UTE) Rio Itabirito localiza-se no Alto Rio das Velhas, possui uma área de 541,58 km2 e é composta pelos municípios de Itabirito, Ouro Preto e Rio Acima. A unidade tem uma população de aproximadamente 32 mil habitantes e o município de maior porte populacional é Itabirito, que concentra 90 % do total. Os rios principais são o Rio Itabirito, Ribeirão Mata Porcos e Ribeirão do Silva, com extensão de 73 Km dentro da área delimitada para a UTE.


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Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
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