O Grupo de Controle de Vazão do Alto Rio das Velhas (Convazão) reuniu-se, na manhã de terça-feira (07) para analisar as curvas de recessão das vazões do Rio das Velhas apresentadas pela Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais).
O secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) e representante da Cemig no Convazão, Renato Júnio Constâncio, apresentou os dados da curva de recessão da PCH Rio de Pedras e do Rio Itabirito. “Os dados mostram que iniciamos a curva de recessão em julho com 2,6 m3/s na PCH Rio de Pedras e 5,5 m3/s no Rio Itabirito. Os valores vão reduzindo no mês de agosto até alcançar o período crítico em setembro com 1,7 m3/s em Rio de Pedras e 3,6 m3/s no Rio Itabirito. Nos meses seguintes a curva começa a aumentar com o início do período chuvoso, em novembro teremos uma boa recuperação e chegaremos em dezembro com 7,5m3/s em Rio de Pedras e 15,6 m3/s no Rio Itabirito”.
Dados da curva de recessão da PCH Rio de Pedras e do Rio Itabirito:
Em seguida, o engenheiro hidráulico da Copasa, Roberto Alves, apresentou a curva de recessão do Rio das Velhas. “A previsão é que chegaremos em setembro, o mês mais crítico do período de estiagem, com uma vazão de 14,87 m3/s. Nos anos anteriores, os valores estimados foram bem próximos da realidade”.
Nelson Guimarães, também conselheiro do CBH Rio das Velhas e superintendente de Meio Ambiente da Copasa, esclareceu que a curva de recessão trabalha com a vazão média mensal. “A curva nos mostra uma estimativa, com uma projeção do pior cenário. O último período chuvoso foi satisfatório e os dados indicam uma situação mais confortável para o Rio das Velhas em relação aos anos anteriores, nos quais vivemos situações de escassez hídrica”.
Curva de recessão do Rio das Velhas:
Os membros do Convazão definiram que vão monitorar a vazão do Rio das Velhas mensalmente em conjunto com as curvas de recessão da Copasa e Cemig para definir estratégias possíveis no controle e tomadas de decisão.
Barragens da Vale em Itabirito
Durante a reunião, os membros do Convazão também discutiram sobre a situação do Rio Itabirito, importante afluente do Rio das Velhas, caso haja um rompimento de rejeitos de mineração das barragens Forquilha I, II, III e IV, do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto, mas com alcance ao município vizinho de Itabirito.
A mineradora Vale ampliou a chamada zona de autossalvamento, que abrange o caminho da lama de rejeitos, caso alguma destas estruturas venha a entrar em colapso. Em vista disso, moradores de Ouro Preto e Itabirito, vizinhos das barragens da Vale, foram obrigados a deixar suas casas. O aumento da zona de salvamento é resultado do Termo de Compromisso firmado entre o Governo de Minas, Ministério Público e a mineradora.
As estruturas Forquilha I e III estão em nível três de emergência, ou seja, risco iminente de rompimento. Já Forquilha II e a Grupo estão em nível dois, o que significa problemas na estrutura e determina a retirada imediata da população. Em nível 1 está a Forquilha IV, que aponta anormalidades na barragem, mas sem risco iminente.
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Luiza Baggio