A UTE Águas da Moeda, onde está localizado o Parque Estadual da Serra do Rola Moça e outras seis Unidades de Conservação ambientais, sofre, quase todo ano, com incêndios devastadores que, quase sempre, acontecem em setembro após longos períodos de seca. Por conta disso, o Subcomitê Águas da Moeda, vinculado ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), busca se associar a diversos setores da sociedade na prevenção e combate a incêndios na região.

O principal caminho em vista visa o fortalecimento do ‘Plano Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais para o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, Estação Ecológica de Fechos e Estação Ecológica do Cercadinho’ (PIPCIF), que reúne diversos atores, entre sociedade civil organizada, iniciativa privada e entes públicos.

Para o Subcomitê, o combate ao incêndio é primordial para a proteção dos rios e cursos d’água.“O incêndio acaba com a cobertura vegetal, dificultando a infiltração da água da chuva que vai abastecer o lençol freático e, por consequência, os cursos d’água. Além disso, o empobrecimento da cobertura vegetal e a morte das raízes leva à erosão, fazendo com que o solo seja carreado pela chuva até os rios, causando assoreamento. Uma vez que o incêndio se inicia, ele se alastra rapidamente, especialmente em tempos de seca, e agir na prevenção de forma conjunta e colaborativa é essencial para evitarmos todas essas consequências”, explica Junia Borges, coordenadora do Subcomitê.

Mauro Lobo, funcionário da Vale e membro do Subcomitê Águas da Moeda, salienta a importância da participação do CBH Rio das Velhas na preservação das Unidades de Conservação da bacia. “O Subcomitê Águas da Moeda inseriu em seu planejamento estratégico ações voltadas para a educação e mobilização na prevenção e combate a incêndios florestais. Em 2020, formalizamos junto à Gerência do Parque do Rola Moça nossa intenção de participação na elaboração e divulgação do PIPCIF. Consideramos que a ampliação desta rede de apoio, por meio dos membros do Subcomitê, com representação de diversos setores da sociedade, pode ser de grande alcance e efetividade. Manifestamos ainda em reunião do CBH Velhas a importância de se produzir material educativo e orientativo para distribuição através da estrutura de comunicação do comitê (site, revistas, etc).”

Junia Borges, coordenadora do Subcomitê Águas da Moeda e Mauro Lobo, funcionário da Vale e membro do Subcomitê Águas da Moeda

Para Daniel Almeida Rocha, presidente da Brigada 1, ONG que também atua no PIPCIF, a união nos esforços de prevenção e combate a incêndios na UTE Águas da Moeda é essencial para o sucesso na proteção do meio ambiente. “Essa é uma nova forma de atuação: agir através do manejo integrado do fogo. É uma ferramenta eficiente de gestão para entender a ecologia do local, integrando a comunidade na tomada de decisões.

Todos somos corresponsáveis pelo cuidado e uso sustentável do meio ambiente, dos recursos naturais. Unindo esforços, conseguimos minimizar o dispêndio de energia e recursos, especialmente quando conseguimos nos distribuir de acordo com o ambiente que cada ator está inserido. As estruturas diferentes de cada frente de apoio se complementam na preservação, aumentando as possibilidades de colaborações para atingir os vários gargalos e obstáculos naturais”, destaca.

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Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Leonardo Ramos
*Fotos: Bianca Aun e Paulo Vilela