No intuito de recuperar área degradada da “Mata da Caixinha”, o Subcomitê Rio Caeté/Sabará realizou na última quarta – feira (09), ações de plantio e limpeza em prol dos ecossistemas.
Conhecida como a “Mata da Caixinha” é uma mata urbana situada no município de Caeté, no bairro São Geraldo. A mata é uma área pública e preservada que necessita de um trabalho de recuperação ambiental com a reposição florestal e cercamento; possui nascentes, cursos de água não visíveis pela degradação e uma bica d’ água que é utilizada pela comunidade, apesar da mesma ser contaminada por coliformes fecais. Com importância histórica, a mata era responsável pelo abastecimento dos chafarizes da cidade de Caeté, onde forneciam água potável para a população.
Chafariz do Centro da cidade de Caeté. (Crédito: CBH Rio das Velhas – TantoExpresso: Ohana Padilha)
Atualmente, a Mata da Caixinha sofre com a ocupação territorial, com os impactos gerados pela mineração de pedras, o qual cobriu sua nascente e curso de água e com o lixo urbano que a comunidade descarta na área desmatada. Os integrantes do Subcomitê estão trabalhando na realização de mais ações para a revitalização e preservação da área, assim o replantio na área desmatada e a limpeza da mesma, foram as primeiras ações desse plano de trabalho.
Na ação, os integrantes do Subcomitê e comunidade local retiraram da área desmatada grande quantidade de lixo e realizaram o replantio de mudas nativas. O coordenador – geral, Ademir Bento, disse que a recuperação e revitalização da mata é de grande importância ambiental e histórica. Uma vez que na crise hídrica que aconteceu na cidade no ano passado, a população da cidade buscou na bica da mata, água para o uso. E pela importância histórica no abastecimento dos dois chafarizes localizados no centro da cidade.
Coordenador – geral, Ademir Bento e o mobilizador social, Élio Domingos. (Crédito: CBH Rio das Velhas – TantoExpresso: Ohana Padilha)
A importância da preservação
As áreas de preservação são importantes para diminuição dos problemas de erosão do solo, para a manutenção da qualidade das águas e além de evitarem o ressecamento dos barrancos (evitando desmoronamentos). Assim, o morador da comunidade, Tiago dos Santos, que tem participação ativa junto ao Subcomitê em prol da mata, disse que a área é importante para manutenção e aumento do volume de água na bica, e consequentemente, para a comunidade.
Os impactos do lixo
Os rejeitos que são descartados pela população no solo causam grandes prejuízos, pois o torna inapropriado para o plantio de vegetais, contaminam o lençol freático e consequente a água do local, deixando-a imprópria para o consumo. Desse modo, Tiago pede para que a população não jogue lixo na mata e para que se conscientizem na manutenção da área preservada.
Na ação foram coletados lixo urbano na área do plantio. (Crédito: CBH Rio das Velhas – TantoExpresso: Ohana Padilha)
Após a ação, os integrantes do Subcomitê realizaram uma reunião com os informes da campanha do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), “Água como Direito Humano” e do evento que será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), no dia 21 de março, próxima segunda-feira.
Veja as fotos da ação
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Campanha “Água como Direito Humano”
O CBH Rio das Velhas, por meio da campanha “Água como Direito Humano” chama a coletividade, as instituições e pessoas da Bacia do Rio das Velhas à debaterem, discutirem e se articularem para não apenas a manutenção de quantidade e qualidade de água, mas principalmente para a garantia dos diversos usos, da biodiversidade e dos direitos que são considerados fundamentais a todas as pessoas e que hoje, infelizmente, não são plenamente garantidos.Tal questão é fundamental para o fortalecimento da gestão das águas, uma vez que as consequências para a saúde da população impõem mudanças drásticas na atuação de todos os atores.
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Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
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