Fundada em 2006, a Agência Peixe Vivo está prestes a comemorar sua maioridade. Hoje, 15 de setembro, a entidade celebra 17 anos de dedicação à preservação das águas. Seu trabalho abrange uma ampla gama de atividades, incluindo funções de secretariado e suporte técnico para auxiliar os comitês de bacia hidrográfica na implementação de projetos de restauração ambiental, na elaboração de planos municipais de saneamento básico e em programas de conscientização ambiental. Além disso, a agência se destaca na condução de estudos e na promoção da pesquisa, tudo em prol do objetivo principal de aprimorar a qualidade e a quantidade das águas em nossas bacias hidrográficas.
A associação civil APV atua como entidade delegatária desempenhando as funções de Agência de Águas, em conformidade com os Contratos de Gestão celebrados entre os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBHs), a Agência Nacional de Água e Saneamento (ANA) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Esses contratos orientam as estratégias, metas e resultados a serem alcançados por meio da aplicação dos recursos provenientes da cobrança pelo uso da água. A diretora-geral interina da Agência, Berenice Coutinho Malheiros dos Santos, enfatiza o compromisso da APV com a busca pela excelência, declarando: “A Agência Peixe Vivo prioriza a excelência e o trabalho em equipe como princípios fundamentais. Acredito ser essa a força que tem nos possibilitado alcançar resultados tão expressivos, para além do nosso compromisso com os objetivos e metas claramente definidos em nossos Contratos de Gestão. Além disso, o profissionalismo da equipe e o apoio das pessoas que integram os Comitês atendidos, bem como a colaboração dos órgãos gestores e de tantas outras instituições, também foram fundamentais para que a Agência se consolidasse como uma das principais Agências de Bacia do país”.
A Agência é composta pelas instâncias Assembleia Geral, Conselho de Administração e Fiscal e pela Diretoria Executiva. Ao todo, mais de 40 colaboradores atendem os CBHs do Rio das Velhas, Rio São Francisco e Rio Pará, atuando em seis estados: Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, e o Distrito Federal, no investimento em obras e programas beneficiando em torno de 20 milhões de pessoas. “O caminho para a gestão eficiente dos recursos hídricos e de todas as demandas relacionadas às bacias hidrográficas é árduo. A APV teve um início difícil, talvez devido ao ineditismo desse tipo de entidade no Brasil, mas conseguimos vencer os desafios, sempre em sintonia com o sistema de recursos hídricos. Ao longo destes anos, e ainda hoje, encontramos desafios e cotidianamente buscamos formas práticas para superá-los, sem deixar de conhecer e entender as particularidades de cada um deles. Entre os momentos de mais destaque que marcaram a evolução do trabalho da Agência está a execução de mais de R$ 60 milhões, em 2022, em projetos que visam a melhoria da qualidade e quantidade das águas das bacias que atendemos”, completou a diretora-geral.
Começando como estagiária, hoje a Gerente de Integração da APV, Rúbia Mansur lembra o caminho percorrido dentro da instituição associado ao crescimento gradativo das demandas e responsabilidades. Graduada em Ecologia, com MBA em Gestão de Projetos (FUMEC-MG), pós-graduada em Recursos Hídricos Meio Ambiente (UFMG) e mestranda em Recursos Hídricos (ProfÁgua – UFBA), ela destaca ainda os desafios a serem enfrentados com a chegada de novos comitês e gestão de instrumentos. “Quando cheguei à Agência Peixe Vivo em 2010, ainda cursava a graduação em Ecologia. A temática de Recursos Hídricos nunca tinha sido meu interesse prioritário, mas encarei o desafio da oportunidade de estágio na Agência. Na época, a Agência Peixe Vivo estava focada no atendimento ao CBH Rio das Velhas e na participação no edital para ser a entidade delegatária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Apaixonei-me pela temática e pelas pessoas que me acolheram e são uma enorme fonte de conhecimento. Alinhei, então, o trabalho ao meu propósito de crescer junto em prol da melhoria da qualidade e quantidade das águas. Aprendi muito e aprendo diariamente. Pouco tempo depois, outros comitês se integraram à entidade, e assumi a gestão dos convênios a eles associados. A chegada do CBH São Francisco foi mais uma oportunidade dentro da Agência. Participei de concurso público e assumi atividades relacionadas ao atendimento a este CBH. Meu trabalho foi mais uma vez reconhecido quando fui convidada a assumir uma gerência na entidade, cujo cargo ocupo desde 2019”, lembra ressaltando o processo de crescimento da empresa e dos colaboradores. “Outros comitês estão chegando, além de novos instrumentos para gestão, ampliando assim os desafios da entidade, o que torna o trabalho sempre mais interessante. Enfrentar esses desafios requer constante desenvolvimento, e a APV está preparada para isso. Sou grata por contribuir no processo de crescimento da APV e ver que hoje a entidade é reconhecida na área da gestão de recursos hídricos, com vistas à melhoria continuada”.
Berenice Coutinho (diretora-geral interina) e Rúbia Mansur (gerente de integração)
Atuando em um dos escritórios regionais, o administrador Maurício Oliveira trabalha na Agência Peixe Vivo há quatro anos, desde que assumiu a regional do Submédio São Francisco. Mestre em Desenvolvimento do Semiárido, o analista pontua as responsabilidades de assumir os escritórios nas regionais. “É uma responsabilidade grande cuidar de um escritório regional considerando a área de abrangência, que é grande, como no caso do Médio São Francisco onde fica a analista Francismara Pereira, e aqui no Submédio, que também tem muitos municípios, diversas entidades e muitos membros do CBH. Portanto, é um trabalho que exige cautela e empenho para fazer as coisas acontecerem. Essa experiência é única e provavelmente não terei nada parecido em outro lugar, principalmente porque trabalhamos com retorno para a sociedade, o que é um diferencial e um estímulo grande, a partir das ações que os comitês realizam com resultados práticos, quer dizer, o que fazemos aqui tem valor para a sociedade, para a bacia, com resultados inestimáveis”, concluiu.
Para Ilson Diniz, que atua na APV há cerca de 10 anos, o trabalho tem possibilitado o seu desenvolvimento profissional. “A Agência Peixe Vivo tem me proporcionado experimentar um desenvolvimento profissional significativo, permitindo adquirir novas habilidades e conhecimentos que tem impulsionado minha carreira de forma positiva. Me sinto animado com expectativas de crescimento pessoal nos próximos anos, pois pretendo continuar me aprimorando e buscando novos desafios dentro da Agência. Além disso, acredito que a entidade se consolidará cada vez mais como referência no meio de recursos hídricos. Isso só me motiva ainda mais a contribuir para o seu sucesso e crescimento”.
Já a analista da Gerência de Gestão Estratégica, Alcione Eneida Santos, uma das mais recentes contratadas, tem como meta promover organização, agilidade e assertividade nas demandas diárias. “É importante executar as funções atribuídas ao cargo buscando o aperfeiçoamento constante. Assim, profissionalmente, pretendo continuar buscando capacitação para contribuir com o fortalecimento da instituição”.
Agência de Bacia
A Agência de Bacia Hidrográfica é uma entidade de suporte técnico e administrativo para o desenvolvimento e execução de ações em prol da melhoria da qualidade e quantidade das águas das bacias hidrográficas. Parte integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SINGREH), instituído pela Política Nacional de Recursos Hídricos no Brasil (Lei n.º 9.433, de 8 de janeiro de 1997), a APV foi criada para realizar a gestão eficiente dos recursos oriundos da cobrança pelo uso de recursos hídricos, mediante solicitação dos Comitês de Bacia Hidrográfica. “Espero que a Agência Peixe Vivo siga crescendo e entregando resultados transformadores para as bacias hidrográficas e para as pessoas. Por que é isso o que nós fazemos aqui: o nosso trabalho é transformar a realidade de pessoas que, por exemplo, moram nas proximidades de um rio, mas que sentem sede e não podem usar aquela água, ou por não estar tratada ou por estar poluída. Daquelas pessoas que não têm acesso a um sistema adequado de esgotamento sanitário, dos que dependem da existência dos rios para sobreviver. Ainda há muito o que se discutir e fazer com relação aos recursos hídricos no Brasil e esse é um compromisso de todos nós brasileiros. São muitas as adversidades, mas espero que a Agência Peixe Vivo siga fortalecendo continuamente, com transparência e responsabilidade, a causa dos recursos hídricos nos territórios atendidos por ela, agora e no futuro”, concluiu a diretora interina, Berenice Coutinho.
As atividades da Agência de Água estão condicionadas à existência prévia do Comitê de Bacia e da viabilidade financeira para o custeio de suas atividades que deve ser assegurada pela cobrança do uso dos recursos hídricos em sua área de atuação.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Fernando Piancastelli