O Parque Estadual do Sumidouro é uma unidade de conservação situada nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte – estando a apenas 50 Km da capital mineira. Abriga uma paisagem peculiar por suas características cársticas, em uma área aproximada de 2.004 hectares.
O parque foi criado com o objetivo de preservar o patrimônio cultural e natural da região cárstica e da vila da Quinta do Sumidouro. Como atrativos destacam-se a lagoa e a lapa do Sumidouro, com pinturas rupestres de milhares de anos e sítio arqueológico de importância mundial escavado pelo naturalista Peter Wilhelm Lund no século XIX. A gruta da Lapinha, as trilhas interpretativas e a Casa Fernão Dias também são uma boa opção para o turista.
A unidade recebeu este nome devido a sua lagoa, que possui um ponto de drenagem das águas da bacia típica dos terrenos calcários. Trata-se de uma abertura natural para uma rede de galerias, por meio da qual um curso d´água penetra no subsolo denominado “sumidouro”, termo que vem da palavra indígena “Anhanhonhacanhuva”, que significa “água parada que some no buraco da terra”.
Foto do ‘Sumidouro’ (à esquerda) e (à direita) Parque Estadual do Sumidouro em época de falta de chuvas. Vegetação do Parque em época de chuvas. Créditos: Bianca Aun e Fernando Piancastelli
Historicamente, o local possui muitas histórias a contar do tempo dos bandeirantes. Sumidouro, como era conhecido o atual território do parque, era uma feitoria próxima ao arraial de Santa Luzia do Rio das Velhas que foi fundada em 1676 pelo bandeirante Fernão Dias, que desbravava a região em busca de esmeraldas. A região era de grande importância comercial para a época e atualmente é reconhecida como um dos primeiros locais de exploração do século XVII.
A Casa de Fernão Dias foi construída em meados do século XVIII. Trata-se de uma construção em estrutura de madeira com vedação em adobe e pau-a-pique, aduelas de marcos e verga curva de centro rebaixado. Aberta à visitação, a Casa Fernão Dias é um Patrimônio Cultural tombado pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico) e atualmente abriga um museu.
Em agosto de 1997, foi encontrada nas margens do rio das Velhas uma canoa, conhecida como “piroga”. Foi esculpida em uma única peça de madeira de vinhático, com uso de técnicas sofisticadas, sendo a provável autoria conferida aos colonizadores portugueses.
Segundo estudos, a canoa foi provavelmente utilizada no período em que ocorreu a extração de ouro no rio das Velhas, no século XVII. A canoa encontra-se exposta na Casa Fernão Dias.
Casa de Fernão Dias é aberta para visitação e abriga relíquias dos tempos dos bandeirantes (à esquerda). ‘Piroga’, canoa encontrada nas margens do rio das Velhas (à direita). Crédito: Fernando Piancastelli
A Gruta da Lapinha, outro atrativo do parque, foi eleita como uma das “Sete Maravilhas da Estrada Real”. A Gruta é um maciço calcário formado há cerca de 600 milhões de anos pelos restos de fundo de mar que cobria toda a região.
A Lagoa do Sumidouro que integra o parque possui 8 km de extensão e é caracterizada por um ponto de drenagem de água típica dos terrenos de calcários. Trata-se de uma abertura natural para uma rede de galerias, por meio da qual um curso d´água penetra no subsolo denominado “sumidouro”. Assim, a água da lagoa é drenada para o subsolo por meio desta abertura. Na proximidade da lagoa há um mirante, onde é possível visualizar toda a região do entorno.
Veja mais fotos do Parque:
Parque Estadual do Sumidouro:
Endereço: R. Fernão Dias, 10 – Q.ta do Sumidouro, Pedro Leopoldo
Telefone: (31) 3689-8592 / 3689-8585 / 3689-8575
Site: http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/215?task=view
E-mail: pesumidouro@meioambiente.mg.gov.br
Horário de Funcionamento: 2ª a dom. das 8h30h às 17h
Importante: O Parque do Sumidouro está aberto à visitação pública, também, as segundas feiras. A entrada na gruta da Lapinha acontece até às 16h. É cobrado taxa de entrada
Mais informações:
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
comunicacao@cbhvelhas.org.br