Inaugurado para ser o maior e mais bonito parque urbano da América Latina, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, é um espaço de lazer e contemplação da cidade. Conhecido como Parque Municipal, a área foi inaugurada em 1897, juntamente com a capital e teve como primeira inspiração os parques franceses da Belle Époque, com jardim florido e coreto central.
Antes de sua implantação, o espaço abrigava a Chácara Guilherme Vaz de Mello, conhecida como “Chácara do Sapo”. O local serviu de moradia para o arquiteto e paisagista francês, Paul Villon, e para Aarão Reis, engenheiro chefe da comissão construtora, encarregada de planejar e construir a nova capital de Minas Gerais.
Projetado pelo arquiteto e paisagista francês Paul Villon no final do século XIX em estilo romântico inglês, é o patrimônio ambiental mais antigo de Belo Horizonte.
O parque possuía, originalmente, uma área de 555 mil metros quadrados, tendo como limites as avenidas Afonso Pena, Alfredo Balena, Francisco Sales, Andradas e Assis Chateaubriand. A partir de 1905, inicia-se o processo de ocupação urbana na área destinada ao parque para construções diversas como a Faculdade de Medicina, o Centro de Saúde do Estado, a Moradia Estudantil Borges da Costa, o Teatro Francisco Nunes e o Colégio Imaco.
Hoje é um espaço tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-MG) e funciona como espaço ambiental e cultural um cantinho de tranquilidade em meio à agitação metropolitana de Belo Horizonte. Uma das principais áreas verdes da capital mineira, o parque conta com 182 mil m² que abrigam uma rica biodiversidade, com diferentes espécies de plantas, nascentes, fauna silvestre e vasta vegetação, que contribui para amenizar o clima da região e faz do espaço o “pulmão da cidade”.
Três grandes lagoas dão um charme especial ao lugar, que é ornamentado pela beleza e canto de aves típicas da região. Além de ceder espaço para a natureza, o parque abriga o Teatro Francisco Nunes. Como opção de lazer, o parque também oferece brinquedos, equipamentos e estrutura para ginástica e esportes. A variedade de brinquedos encanta a criançada. Pelo parque, pista para patins e quadra de tênis, carrossel, roda gigante, minhocão, pula-pula e muitos outros!
Parque Municipal é um verdadeiro oásis no centro de Belo Horizonte. Crédito: Fernando Piancastelli
Aberto a culturas e personalidades diversas, o Parque Municipal estimula a sua ocupação com atividades gratuitas e diversificadas. Projetos tradicionais integram a agenda, durante todo o ano, como o projeto Sementes de Poesia (todo terceiro domingo do mês), que traz um recital ao ar livre, com microfone aberto à poesia para o público em geral, poetas, leitores e amantes da literatura.
Na programação fixa do parque, estão também projetos com terapias holísticas diversas, como Tai Chi Chuan (sextas-feiras e sábados, das 8 às 9h30), Lian Gong (quartas-feiras e sábados, das 9 às 10 horas) e o projeto Yoga para Todos (todos os domingos, às 9 horas). Há também a exposição de plantas medicinais (toda última quinta-feira do mês).
Veja as fotos do Parque Municipal:
Ribeirão Arrudas
O Ribeirão Arrudas passa na Avenida dos Andradas, no fundo do Parque Municipal. O Arrudas nasce no município de Contagem, desce por parte de Belo Horizonte até desaguar no Rio das Velhas no município de Sabará.
O Ribeirão Arrudas é formado por vários córregos que nele desembocam ao longo do seu curso: Jatobá, Barreiro, Bonsucesso, Cercadinho, Piteiras, Leitão, Acaba Mundo, Serra, Taquaril, Navio-baleia, Santa Terezinha, Ferrugem, Tijuco, Pastinho, etc. Juntos, o Ribeirão Arrudas e seus afluentes formam a bacia hidrográfica Arrudas.
A Unidade Territorial Estratégica (UTE) Ribeirão Arrudas possui uma área de 228,37 km2 e sua população chega a quase 1,2 milhões de habitantes.
A ocupação desordenada de Contagem e de Belo Horizonte e mais tarde a construção de avenidas para descongestionar o trânsito de Belo Horizonte suprimiram o verde que havia nas margens do Arrudas. A construção recente do bulevares, como tentativa dos governantes de resolver os problemas de trânsito de Belo Horizonte cobriu completamente o ribeirão, alterando significativamente a paisagem da cidade.
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