Conheça e preserve: São Gonçalo do Bação, distrito de Itabirito

19/04/2019 - 21:24

No alto de uma colina, localizado a 16 km de Itabirito, um pedaçinho de mineiridade encanta pelo seu ar tranquilo, acolhedor e pela vista exuberante onde ao norte é possível ver o Pico do Itabirito, a leste a Serra de Capanema e ao sudeste o Pico do Itacolomi. São Gonçalo do Bação, distrito de Itabirito, além de estar rodeado de cachoeiras e bicas, preserva os casarios e a sua própria história através do Grupo de Teatro São Gonçalo do Bação, uma atração a mais do local.

O arraial que surgiu no século XVIII, durante o ciclo do ouro, servia de ponto de passagem para Sabará, Ouro Preto e Ouro Branco. Sua origem é atribuída ao português Antônio Alves Bação, que ficou doente e fez a promessa de que, caso melhorasse, iria erguer uma capela em agradecimento ao santo português São Gonçalo. Em 1740, a promessa foi paga, a capela erguida e o arraial passou a crescer no entorno dessa construção.

A Igreja da Matriz é mais recente e data de 1924 com altares em estilo rococó. O cemitério, com sua capela de características arquitetônicas do século XVIII, traz uma bela visão em 360º da região, local que se tornou ponto de encontro dos moradores mais jovens do distrito.

As cachoeiras são uma beleza à parte e convidam para trilhas pela natureza e práticas esportivas. Vale a pena visitar a cachoeira do Rasgão, do Cocho de Pedra e Benvinda (ou Catraia) – essa última está dentro de uma propriedade particular.

Veja as fotos da região:

“Eita lugarzinho bom”

Morador do Bação por escolha, Elias Costa Rezende e sua família deixaram a região do Alto Paranaíba e se mudaram para o distrito por várias razões. “Essa terra me encantou pela beleza, pela tranquilidade, pela qualidade de vida, pelo clima, as águas e as montanhas que sintetizam Minas Gerais e, principalmente, pelo povo tranquilo e amigo”, comenta. A paixão é tanta que até a cachaça que Elias produz leva o nome do local. E deixou o convite: “quem não conhece São Gonçalo do Bação que venha conhecer porque ‘eita’ lugarzinho bom”.

Grupo de Teatro São Gonçalo do Bação

Algo que parecia improvável em um lugar tão pequeno e pacato, hoje soma quase 23 anos de história. Criado em 1997 pelo ator, dramaturgo, cirurgião dentista e morador do Bação, Mauro Antônio de Souza, o Grupo de Teatro São Gonçalo do Bação é reconhecido pelo sua importância cultural e social no município de Itabirito e recebe o apoio e envolvimento dos moradores e da prefeitura.

A história começou por causa da Semana Santa do distrito, quando Mauro teve a ideia de montar uma peça de teatro para encenar a Paixão de Cristo, inovando o hábito comum das procissões. E deu certo. Hoje o grupo tem a participação de 20 pessoas, principalmente de jovens, que fazem três encontros semanais para realização de peças de teatro. Entre os temas que já foram trabalhados, os participantes do grupo encenaram histórias do próprio arraial, passando por questões ambientais como a importância da preservação, da água e o lixo, além da realização de criações coletivas.

Para Mauro, o contato com a arte, através do teatro, tem promovido diversos benefícios aos moradores do Bação. “Aumenta a sociabilidade das pessoas, a autoestima dos participantes, o respeito entre os integrantes do grupo e deles com o externo e contribuiu na educação escolar, com a melhora da leitura e da interpretação de texto”, comenta.

Veja algumas peças encenadas pelo grupo:

UTE Rio Itabirito

A Unidade Territorial Estratégica (UTE) Rio Itabirito localiza-se no Alto Rio das Velhas, possui uma área de 541,58 km² composta pelos municípios de Itabirito, Ouro Preto e Rio Acima. A Unidade tem uma população de aproximadamente 32 mil habitantes. O município de maior porte populacional é Itabirito, que concentra 90,1% do total. Os rios principais são o Rio Itabirito, Ribeirão Mata Porcos e Ribeirão do Silva, com extensão de 73 Km dentro da área delimitada para a Unidade Territorial.

 

Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Michelle Parron
Fotos: Fernando Piancastelli e Michelle Parron