Na última sexta-feira (03), foi apresentado o relatório do diagnóstico – executado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) – que norteará as ações de recuperação hidroambiental da Lagoa do Fluminense e demais lagoas no seu entorno na região de Mocambeiro, distrito de Matozinhos.
Rafael Alexandre Sá, Engenheiro Agrônomo da Localmaq, empresa executora do projeto, avalia que a primeira etapa de diagnóstico atingiu o objetivo principal de conhecer e trazer informações, tanto da comunidade de Mocambeiro quanto do levantamento de estudos técnicos pré-existentes. “A nossa maior preocupação é com a questão do saneamento. O risco da contaminação das águas das lagoas é iminente por conta da natureza do carste: de fácil infiltração, a água chega com muita facilidade ao lençol e aos aquíferos. Seja qual for a alternativa proposta pela concessionária, ela deve ser executada o mais rápido possível” destaca. Outra preocupação é com o uso e conservação do solo. Segundo Rafael, “precisamos cuidar das pastagens com manejos, terraceamentos e barraginhas, a fim de evitar a perda do solo.”
Para Gefferson Guilherme Rodrigues da Silva, Biólogo e Coordenador do Subcomitê Carste, “os estudos diagnósticos apresentados mostraram muito desconhecimento da comunidade com relação às águas do entorno. São informações básicas mas, que com uma educação ambiental bem trabalhada, dariam à comunidade propriedade para lidar melhor com seu território e para melhorar o seu ambiente”, avalia.
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No plano de ação está previsto um curso de sensibilização ambiental para os habitantes de Mocambeiro, no intuito de educar a população sobre o melhor aproveitamento do ambiente. Além disso, haverá também ações de mobilização socioambiental, cujo primeiro passo foi essa apresentação do diagnóstico da Lagoa do Fluminense e demais lagoas da região.
“Estamos trabalhando muito. Vimos que projetos ambientais que envolvam donos de propriedades rurais, outros gestores etc. são, sim, interessantes, mas nosso trabalho vem mostrando que educação ambiental demanda menos recursos e tem um resultado prático para a comunidade muito maior. Um exemplo claro é o trabalho “Rede Asas do Carste”, promovido pelo Subcomitê Carste, de grande mobilização e sensibilização de escolas e da comunidade. A falta de recursos não nos impede de atuar”, finaliza Gefferson.
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Leonardo Ramos
*Fotos: Leonardo Ramos