Entre os dias 21 e 24 de maio, o Centro de Convenções Expominas, em Belo Horizonte, recebeu o 32º Congresso da ABES e de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA). O evento é considerado o mais importante encontro sobre engenharia sanitária e ambiental do Brasil e reuniu mais de 50 painéis, estandes nacionais e internacionais, e apresentação de 1 mil trabalhos técnicos e científicos. Com assuntos tão importantes e latentes na proteção e produção do recurso hídrico, membros do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) e Subcomitês estiveram no evento, a fim de acompanhar as discussões e tendências.

Neste ano, o evento mobilizou profissionais, pesquisadores da área acadêmica, especialistas do setor e organizações nacionais e internacionais para discutir temas que vão ao encontro da engenharia sanitária e ambiental, além de abordar desafios que implicam na gestão de recursos financeiros, legislativo, políticas públicas, soluções e tecnologias.

A presidenta do CBH Rio das Velhas, Poliana Valgas, esteve presente no congresso e comentou a importância deste tipo de evento para entender novos métodos e tecnologias. “Durante esses dias, estão sendo apresentadas várias experiências no que diz respeito ao saneamento, então é o momento para ver quais são as tecnologias que estão sendo aplicadas e também perspectivas para a gente universalizar o saneamento”, afirma. Além disso, a presidenta enxerga uma amplitude maior sobre o tema, principalmente por parte das esferas em nível municipal, estadual e federal.

Para os Comitês de Bacias Hidrográficas, Poliana Valgas entende que este é o momento para estreitar parcerias para avançar na universalização. “Eu vejo que os Comitês, no geral, podem ter um papel crucial nesse processo, no qual eles serão os grandes indutores dessas ações, para fortalecer e criar novas parcerias e sanear esses territórios”.

A coordenadora do Subcomitê Ribeirão da Mata, Germânia Gonçalves, que também esteve presente, destacou os modelos e tecnologias que incorporam a emissão de carbono como um dos pontos altos do evento. “Infelizmente, não há ainda muita legislação que permita trabalhar isso no Brasil, mas é importante que essas tecnologias caminhem para o país, uma vez que diversos projetos estão sendo construídos para serem colocados em prática”, explicou Germânia.

A pauta ESG, sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança, também foi tratada pela coordenadora do Subcomitê Ribeirão da Mata. De acordo com Germânia, está na hora de os Comitês abraçarem as práticas ESGs. “É muito importante que os CBHs assumam esse posicionamento, (…) porque estamos buscando o apoio popular para construir as nossas políticas ambientais. Por isso, a importância deste termo ser incorporado pelos Comitês”.

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Mais membros presentes

Leandro Vaz Pereira, conselheiro do CBH Rio das Velhas e Subcomitê Rio Bicudo, representante do Coresab (Consórcio Regional de Saneamento Básico Central de Minas), vê o evento com grande potencial e reafirma a necessidade de levar essas trocas aos gestores públicos que detêm o poder de dar viabilidade às políticas públicas. “Essas experiências precisam ser levadas e discutidas dentro do congresso nacional, pois os políticos não participam profundamente das discussões. Apenas com conhecimento, essas tecnologias serão aplicadas e se tornarão arcabouço legal”, afirmou Leandro.

Segundo Nelson Guimarães, conselheiro e representante da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) no Comitê, a participação da empresa foi de extrema importância, já que também presta o papel de anfitriã no evento. “A Copasa, como uma das mais importantes companhias de saneamento do Brasil, também tem se planejado para garantir o aumento da sua abrangência de serviço e alcance das metas de universalização em todos os municípios que ela presta serviço”. De acordo com Nelson, a participação da empresa na discussão temática, técnica e institucional da universalização sanitária e ambiental é de extrema importância estratégica para a área.

Por fim, Valter Vilela, conselheiro e representante da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), comentou o sucesso do congresso e chamou atenção para a feira tecnológica e o tema ESG. “O evento está tratando de todas as dimensões do saneamento ambiental, dos recursos hídricos e saúde pública. (…) A Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental – FITABES, foi um ponto que nos chamou bastante atenção, na qual foi contemplada com as maiores empresas de tecnologias do Brasil. Temas importantes como a ESG, como proposta de valor nas empresas, também foram discutidas.”

Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: João Alves
Fotos: João Alves