Nesta terça-feira (2), o modelo de gestão participativa e descentralizada do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), capitaneado por seus Subcomitês regionais, foi apresentado aos conselheiros do CBH Rio Paracatu, também afluente do rio São Francisco. A palestra foi conduzida por Luciana Gomes, da equipe de mobilização do Velhas.

Segundo Antônio Eustáquio Vieira, o Tonhão, presidente do CBH Rio Paracatu, a ideia em solicitar apoio do CBH Rio das Velhas veio do objetivo de se buscar estar cada vez mais presente em todos os cantos do território. “A bacia [hidrográfica do Rio Paracatu] é muito grande, são muitos problemas, e a gente espera que com a implementação dos subcomitês aqui nós vamos conseguir muitos avanços, até porque teríamos mais gente envolvida trazendo informações para o Comitê. Foi muito importante e nós só temos a agradecer”.

Em nome do CBH Rio das Velhas, Luciana Gomes falou da importância do Projeto Manuelzão na formação dos Subcomitês e como as entidades hoje auxiliam o planejamento e gestão da bacia do Rio das Velhas, contribuindo para subsidiar a aplicação descentralizada dos recursos e ampliar a participação de atores locais nas ações de planejamento e gestão das águas. “Falamos muito de como os projetos são desenvolvidos, sendo inclusive estimulados pelos subcomitês, e como esse tipo de política fortalece e atende a 9433 [Lei Federal que Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos], quando fala da política participativa e descentralizada”, disse.

Apresentação do CBH Rio das Velhas se deu durante reunião ordinária do CBH Rio Paracatu. Ao final, Luciana Gomes recebeu um certificado do comitê vizinho. 

CBH Rio Paracatu

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paracatu foi criado em 1998 e possui atualmente 48 conselheiros, dentre titulares e suplentes. Com uma área de 41.371,71 km², o que representa 17,64% do território da bacia do rio São Francisco, a bacia hidrográfica do rio Paracatu encontra-se quase totalmente dentro do Estado de Minas Gerais, com pequenas áreas de topo adentrando no estado de Goiás e no Distrito Federal.

Localizada entre os paralelos 15º30′ e 19º30′ de latitude sul e os meridianos 45º10′ e 47º30′ de longitude oeste, a bacia limita-se, ao sul, com a bacia do rio Paranaíba; a oeste, com a bacia do rio São Marcos, afluente do rio Paranaíba; a leste, com as bacias dos rios Formoso e Jatobá, afluentes do rio São Francisco; e, a norte, com a bacia do rio Urucuia, também afluente do São Francisco.

Seus principais rios são: rios Banabuji, Taboca, Tamanduá, Prata, Verde, Troncos, Catinga, Campo Grande, Soninho, Sono Grande e Gameleira (pela margem direita); e rios Biboca, Santa Catarina, Escuro Grande, Santa Isabel, córrego Rico, Boa Sorte, Bezerra, São Pedro, Preto, Santa Tereza, Santa Fé, Santo Antônio e Cana Brava (pela margem esquerda).

São 16 o número de municípios na bacia: Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritizeiro, Cabeceira Grande, Dom Bosco, Guarda-Mor, João Pinheiro, Lagamar, Lagoa Grande, Natalândia, Paracatu, Patos de Minas, Presidente Olegário, Santa Fé de Minas, Unaí e Vazante.

A população total é de 280.736 mil habitantes.