A preocupação em Minas Gerais com tragédias causadas pelo rompimento de barragens de mineração vai muito além dos desastres causados pela Samarco, em Mariana, no ano de 2015, e pela Vale, no município de Brumadinho, em 2019.
Documento elaborado pela FEAM e apresentado ao Grupo de Trabalho de Barragens do CBH Rio das Velhas mostra que existem 20 dessas estruturas interditadas na região conhecida como Alto Rio das Velhas, sendo 17 da Vale. Relatórios da mineradora mostram que as barragens apresentam fator de segurança inferior ao mínimo estabelecido pela ABNT, sendo que pelo menos três delas encontram-se no nível 3 de maior criticidade quanto à segurança.
Como explica o conselheiro do CBH Rio das Velhas e membro do GT de Barragens, Valter Vilela, o eventual rompimento de uma barragem de rejeitos no Alto Velhas poderia levar toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte a um colapso hídrico.
De acordo com a coordenadora do Subcomitê Águas da Moeda, Junia Borges, que é turismóloga, especialista em turismo, desenvolvimento sustentável e geoprocessamento, mestre em análise e modelagem de sistemas ambientais e doutora em urbanismo. Explica o que é o Quadrilátero Ferrífero e como os interesses da mineração conflitam com a produção de água que abastece a Grande BH.
Ouça o podcast e saiba mais sobre o tema:
O programa especial de hoje faz parte da campanha A Cidade e as Águas do CBH Rio das Velhas. Para saber mais e aderir à iniciativa, acesse ao site cbhvelhas.org.br/acidadeeasaguas ou as redes sociais do Comitê: Instagram e Facebook.
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Produção: Luiz Ribeiro e Luciano Mafra