Parque do Sumidouro: patrimônio cultural e natural

20/01/2017 - 2:13

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) trabalha para que a comunidade e todos os atores da Bacia tenham a consciência e a atitude de cuidar, preservar e manter a vida de todo o curso do rio. Para isso, o Comitê incentiva que todos conheçam e entendam a vida, a beleza e os encantos encontrados no território da Bacia, promovendo assim a preservação que o meio ambiente tanto necessita. Afinal, é preciso conhecer para preservar.

Assim, para o mês de Janeiro, o CBH Rio das Velhas selecionou dicas de destinos para passeios e visitas com objetivo de incentivar a conhecer novos lugares, viver novas experiências e, consequentemente, ampliar o sentimento de amor e de cuidado pelos lugares e pelas riquezas que podem ser encontradas em todas as regiões do Rio das Velhas.

Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa e Pedro Leopoldo

Localizado em Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, a apenas 50 km de Belo Horizonte, o Parque foi criado com o objetivo de preservar o patrimônio cultural e natural da região cárstica e da vila da Quinta do Sumidouro.

Como atrativos o local possui trilhas, pinturas rupestres, um sítio arqueológico de grande importância mundial escavado pelo naturalista Dr. Peter Lund, a Gruta da Lapinha, a Lagoa do Sumidouro e a Casa Fernão Dias.

Historicamente, o local possui muitas histórias a contar do tempo dos bandeirantes. Segundo, a obra O Caminho dos Currais do Rio das Velhas: A Estrada Real do Sertão do autor Eugênio Goulart, o Sumidouro, como era conhecido o atual território do Parque, era uma feitoria próxima ao arraial de Santa Luzia do Rio das Velhas que foi fundada em 1676 pelo bandeirante Fernão Dias, que desbravava a região em busca de esmeraldas. A região era de grande importância comercial para a época e atualmente é reconhecida como um dos primeiros locais de exploração do século XVII.

A Casa de Fernão Dias, grande atrativo da localidade, foi construída em meados do século XVIII. A Casa trata-se de uma construção em estrutura de madeira com vedação em adobe e pau-a-pique, aduelas de marcos e verga curva de centro rebaixado. Aberta a visitação, a Casa Fernão Dias é um Patrimônio Cultural tombado pelo IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico e atualmente abriga um museu.

Em agosto de 1997 foi encontrada nas margens do Rio das Velhas, uma canoa, conhecida como “piroga”. Foi esculpida em uma única peça de madeira de vinhático, com uso de técnicas sofisticadas, sendo a provável autoria conferida aos colonizadores portugueses.

Segundo estudos, a canoa foi provavelmente utilizada no período em que ocorreu a extração de ouro no Rio das Velhas, no século XVII. A canoa encontra-se exposta na Casa Fernão Dias.

A Gruta da Lapinha, outro atrativo do Parque, foi eleita como uma das “Sete Maravilhas da Estrada Real”. A Gruta é um maciço calcário formado há cerca de 600 milhões de anos pelos restos de fundo de mar que cobria toda a região.

A Lagoa do Sumidouro que integra o parque possui 8 km de extensão e é caracterizada por um ponto de drenagem de água típica dos terrenos de calcários. Trata-se de uma abertura natural para uma rede de galerias, por meio da qual um curso d´água penetra no subsolo denominado “sumidouro”. Assim, a água da lagoa é drenada para o subsolo por meio desta abertura. Na proximidade da lagoa há um mirante, onde é possível visualizar toda a região do entorno.

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Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
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