O Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) realizou, em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Defesa Civil Nacional e de Minas Gerais, Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), municípios do Alto São Francisco e prefeitura de Pirapora, uma reunião pública para tratar de prevenção quanto aos possíveis impactos das cheias na bacia do Rio São Francisco, ocasionados principalmente por ocupações irregulares em áreas de proteção permanente e também pelas condições de assoreamento e degradação do rio.
O encontro aconteceu em Pirapora, nesta quarta-feira (24), e contou com a presença de representantes do Subcomitê Guaicuí, vinculado ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) – especialmente daqueles que residem ou trabalham na região da foz, no encontro do Velhas com o Velho Chico, em Barra do Guaicuí, distrito de Várzea da Palma. “Encontros como esse deveriam acontecer mais vezes e em cada comunidade. As ocupações na calha do rio são muitas, basta percorrer por aqui. Rezamos pelas chuvas, mas como estamos acostumadas com a seca, achamos que o rio nunca vai encher e adentramos no rio. Se vier uma chuva forte podemos perder nossas economias e até nossas vidas”, disse Vilma Martins Veloso, da Colônia de Pescadores.
Também representante do Subcomitê Guaicuí, Dilze Lopes de Oliveira destacou a importância do evento acontecer ainda no período seco, a fim de criar consciência na população ribeirinha. “Achei muito gratificante participar desse evento. Ele é importante pois é através dessa prevenção que as pessoas tomam consciência. Hoje não tem chuva, mas amanhã pode ter”, disse.
Engenheiro de Planejamento Hidroenergético da CEMIG e secretário do CBH Rio das Velhas, Renato Júnio, também presente na ocasião, explicou que, com o início do período úmido e “devido ao grande número de ocupações irregulares na região, precipitações pluviométricas de 2000 m³, o que não é raro, já podem causar danos imensos”.
O presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, ressaltou que “o papel do Comitê que vai, além de reverter integralmente os recursos da cobrança da água em projetos de revitalização e segurança hídrica para a população, é o investir em planejamento, sensibilização governamental e social para com a preservação do rio e, ações preventivas como essa, de reunir os atores sociais e construir coletivamente uma agenda de enfrentamento com relação às possíveis enchentes, representa o cumprimento da missão institucional do Comitê. Findamos o encontro aqui em Minas, assim como nos estados de Pernambuco e Sergipe, na certeza de que estamos exercendo nosso papel social de forma participativa e democrática no enfrentamento deste fenômeno corriqueiro, após o período seco e de baixa vazão do rio”.
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