Foi realizada, na manhã desta terça-feira (24), a eleição da coordenadoria do Subcomitê Ribeirão Jequitibá, vinculado ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas). Com boa representatividade do poder público, sociedade civil e usuários da água, a professora Marley Beatriz de Assiz Lima foi reeleita por aclamação para ficar à frente do Subcomitê.
Juntam-se a ela na coordenadoria, também eleitos, Nivaldo Santos (representando a sociedade civil, por indicação do Instituto Guaicuy) e Liliane de Souza, da Cedro Cachoeira (indicada pelos usuários da água). Na oportunidade, também foram indicados os 30 conselheiros – entre titulares e suplentes – que vão compor o Subcomitê.
A coordenadora geral, Marley Beatriz, afirmou esperar que ações mais efetivas sejam realizadas nos próximos dois anos, sobretudo no que diz respeito à melhoria da água dessa importante bacia do Rio das Velhas. Ela também enumerou algumas ações já realizadas pelo Subcomitê Ribeirão Jequitibá e apontou as próximas metas. “Estamos tendo êxito no sentido de mobilizar e implantar práticas agroecológicas nos municípios que abrangem nossa bacia. O balanço é positivo, um diversificado público está sendo atingido. A ideia agora é aumentar essa participação, capacitar brigadistas em toda bacia para melhor combatermos os incêndios na zona rural e executarmos ações ambientais mais efetivas”, conclui.
O mobilizador social do CBH Rio das Velhas, Élio Domingos Neto, fez um balanço positivo do trabalho realizado até então pela coordenadoria local. “Estou com este grupo desde 2014. Tivemos dois grandes avanços: a maior participação de entidades e pessoas e mais ações práticas na bacia, desde 2016. Hoje, o desafio principal é melhorar a qualidade da água, que passa principalmente pela conclusão da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Sete Lagoas. A maior carga de dejetos que atinge a bacia do Ribeirão Jequitibá vem deste município”, avalia Élio.
O produtor rural e conselheiro, José Diniz Costa, morador da comunidade de Saco da Vida, faz questão de participar de todos os eventos promovidos pelo CBH Rio das Velhas. Nesta eleição ele cobrou a conclusão da ETE de Sete Lagoas, obra atualmente paralisada. “Como representante da Associação de Moradores de Saco da Vida tento mobilizar o maior número de pessoas. Muitas desistem, mas faço questão de participar. Entendo que o trabalho não é fácil e muitas vezes moroso, mas estamos mobilizados e com grande expectativa de que Sete Lagoas entregue a ETE e trate seu esgoto. A luta primordial é essa”, considera.
Veja as fotos da reunião:
Na oportunidade, o representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sete Lagoas, o engenheiro Jairo Cantuária, afirmou que até a próxima semana deve ser divulgado o edital de licitação para definir empreiteira que concluirá a ETE. “A expectativa é que dentro de 30 dias todo o processo seja concluído e as obras retomadas”.
A ETE Matadouro está sendo construída na localidade de Areias, zona rural. O custo total do empreendimento gira em torno de R$ 98 milhões e foi iniciado pela Construtora Prefisan, que teve o contrato reincidido com o SAAE. A ETE terá uma única unidade para atender às duas bacias hidrográficas da sede do município, Tropeiro e Matadouro, com transposição de uma pra outra via elevatória de esgoto bruto.
O território
A Unidade Territorial Estratégica (UTE) Ribeirão Jequitibá localiza-se no Médio Rio das Velhas. Composta pelos municípios de Capim Branco, Funilândia, Jequitibá, Prudente de Morais e Sete Lagoas, ocupa uma área de 624,08 km² e detém uma população de 145.729 habitantes. Os principais cursos d’água da Unidade são o Ribeirão Paiol, Ribeirão Jequitibá, Córrego Cambaúba, Córrego Saco da Vida e Ribeirão do Matadouro.
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Celso Martinelli
*Fotos: Celso Martinelli