Na última sexta-feira (16), em reunião virtual, o Plano de Educação Ambiental (PEA) da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas foi amplamente discutido na Câmara Técnica de Educação, Mobilização e Comunicação (CTECOM). Entre os destaques, o plano prevê integração entre diferentes atores que já possuem ações de Educação Ambiental (EA) no território, além de indicar caminhos para uma governança que priorize a gestão sobre a EA. O PEA agora segue para avaliação da Diretoria e, posteriormente, do Plenário do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas).
Luiz Ribeiro, da Equipe de Mobilização Social e Educação Ambiental, de responsabilidade da empresa TantoExpresso, apresentou o PEA aos membros da CTECOM, documento que propõe ações estruturadas e continuadas de Educação Ambiental ao público preferencial do CBH Rio das Velhas, com um horizonte de planejamento de quatro anos: 2024 a 2027. Luiz informou que o plano foi estruturado à luz do diagnóstico de Educação Ambiental da Bacia do Rio das Velhas, também realizado pela empresa e concluído em setembro de 2023. Esse diagnóstico é composto pelo levantamento de dados primários e secundários sobre os projetos já realizados, contando com coleta de informações através de um formulário que as diversas entidades que atuam nos territórios puderam preencher.
Segundo Luiz, o plano prevê a integração com iniciativas de alta capilaridade, já em execução, para divulgação de conhecimento, envolvendo os diferentes atores que compõem o CBH. “As iniciativas de alta capilaridade são aquelas que perpassam a Bacia do Rio das Velhas como um todo, ou grande parte do território. Três principais atores possuem grande capilaridade na Bacia, por isso consideramos importante e salutar a junção de esforços de ação de educação ambiental entre esses entes”, explica.
O plano foi recebido com entusiasmo pelos membros da câmara. Tereza Cristina Bernardes, representante da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), celebrou o fato de que o PEA fortalece as parcerias já efetivadas e destaca que o plano contempla o que o Comitê deseja para a Bacia. “Fazer a conexão da proteção e da recuperação dos mananciais é muito importante. Esse olhar para o saneamento, no seu contexto maior, que está relacionado às águas, eu acredito que é fundamental, para que essa visão geral da bacia como um todo seja sempre contemplada”.
Já para Francisco de Assis da Silva, representante do município de Ouro Preto, o uso de materiais como cartilhas, manuais e almanaques, previstos no plano, podem contribuir para que crianças e adolescentes tenham maior contato com mídias diversas, além de auxiliar em lugares onde a inclusão digital ainda é um gargalo. “A gente fica trabalhando para tirar as crianças dos computadores, dos celulares. Então, o material impresso ainda tem seu valor, principalmente nas ações pedagógicas infantis. E nas comunidades rurais, há um enorme problema, que é de acessibilidade e de inclusão digital”.
Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Leonardo Ramos