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Revista Velhas chega, nesta segunda quinzena de setembro, à sua 22ª edição. Leia agora!

15/09/2025 - 16:05

A Revista Velhas nº22, mais nova edição da publicação semestral do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), já está disponível em sua versão digital! Atenta às demandas deste tempo, como ao advento e afirmação da inteligência artificial e sua interface com o meio ambiente, a publicação resgata memórias, como os 200 anos de uma expedição científica que desbravou parte do território desta bacia, e também celebra o turismo ambiental e responsável no Alto Rio das Velhas, com os atrativos de Acuruí. 


Veja estes o outros destaques:

Atravessamos uma era marcada por paradoxos. De um lado, a Inteligência Artificial se consolida como símbolo máximo da chamada Quarta Revolução Industrial, prometendo soluções inovadoras para antigos dilemas ambientais. De outro, o avanço tecnológico traz consigo uma sede insaciável por energia, dados e recursos naturais. É o dilema da inovação: curar ou consumir ainda mais o planeta? Nesta edição da Revista Velhas, mergulhamos nesse debate crucial — e cada vez mais urgente — sobre como aliar tecnologia e sustentabilidade sem repetir erros do passado.

Educação ambiental e desregulamentação 

Ao mesmo tempo, é nas escolas rurais, nos centros comunitários e nas margens dos rios que uma outra revolução se desenha — menos digital, mais sensível. Crianças, jovens e comunidades despertam, através da Educação Ambiental, para a importância de cuidar da terra, das águas e de si mesmos. Contamos aqui as histórias de quem transforma o território não com algoritmos, mas com afeto e ação local. A Educação Ambiental, como você verá, é tanto semente quanto ferramenta de mudança.

Na contramão desse movimento de escuta e cuidado, o cenário político nacional acena com flexibilizações perigosas. A nova legislação de licenciamento ambiental — já sancionada, ainda que com vetos — põe em xeque décadas de lutas por uma governança responsável dos recursos naturais. Em Minas Gerais, a dispensa de licenciamento para propriedades de até mil hectares acende um alerta: até onde iremos em nome do desenvolvimento?


Embarque conosco:


Ativismo e caminhos para o futuro

Na editoria artística Olhares desta revista, o protesto contra o chamado “PL da Devastação” mobilizou milhares de pessoas em Belo Horizonte e é retratado com sensibilidade pelas lentes do fotojornalista João Alves.

A entrevista desta edição é com o climatologista Carlos Nobre, referência mundial em mudanças climáticas. Com a sobriedade de quem estuda o colapso ambiental há décadas, ele nos adverte: muitos dos biomas brasileiros estão perigosamente próximos de seus pontos de não retorno. Em suas palavras, salvar o Rio das Velhas é também salvar parte da esperança que ainda resta ao país.

História, cultura e turismo

Mas a esperança tem outras formas. Às vezes, ela vem pelo resgate da história, como no caso da expedição Langsdorff, que há mais de 200 anos percorreu o Vale do Taquaraçu, revelando ao mundo a riqueza da biodiversidade mineira. Às vezes, ela surge no pedal, na canoa ou na corrida: esportistas e amantes da natureza redescobrem o Rio das Velhas em um trajeto de 65 km entre Ouro Preto e Acuruí, mostrando que lazer e preservação podem andar juntos.

Falando em redescobertas, visitamos Cachoeira do Campo, onde a jabuticaba é mais do que fruto — é identidade, economia e cultura viva. A festa da jabuticaba, já tradicional na região, celebra uma cadeia produtiva que une sabor, afeto e desenvolvimento sustentável.

O ontem e o amanhã 

Nosso território em destaque nesta edição é a UTE Rio Bicudo, no Baixo Velhas. Terra de contrastes, é também um espelho da realidade que se impõe: história literária e tradições se entrelaçam com desafios como escassez hídrica e pressões sobre os recursos naturais. Entre a poesia e a urgência, a pergunta permanece: como garantir o amanhã sem trair o ontem?


Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social