Crianças e adolescentes participaram de atividades de educação ambiental no Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias.
O programa Pampulha Viva comemorou, no último dia 20 de setembro, quatro anos de trabalho em prol da preservação do Rio das Velhas. Com a presença de estudantes de escolas municipais e estaduais de Belo Horizonte, a iniciativa foi coordenada pelos Núcleos Integrados do Córrego Engenho Nogueira com apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas e Subcomitê Ribeirão do Onça.
Veja como foi o evento
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Arquivo CBH Rio das Velhas – TantoExpresso (Michelle Parron)
Educação ambiental que faz a diferença
Este ano o programa teve a participação de 16 escolas que integram, geograficamente, a Bacia do Ribeirão do Onça, envolvidas em um trabalho de preservação. “O Pampulha Viva vem complementar várias atividades que acontecem na bacia do Onça, promovendo diálogo entre comunidade, escola, empresas e instituições públicas”, relata Carla Wstane, geógrafa e coordenadora geral do Subcomitê Ribeirão do Onça.
As atividades realizadas foram: plantio de árvores, oficinas, pesagem de material reciclável, apresentações artísticas e o ato simbólico de limpeza da orla da Lagoa da Pampulha. Entre os resíduos (lixos) recolhidos, alguns objetos impressionaram os estudantes, como retrovisores e mochilas. “Se continuarmos poluindo desenfreadamente o mundo não será o mesmo”, alerta o estudante da 8ª série, Wallace Fabiano Albertino, preocupado com o descaso da população com o meio ambiente.
A proposta de ver tantos jovens envolvidos com o programa é entendê-los como multiplicadores sociais que vão levar tudo que eles aprendem aqui para suas comunidades, ressalta Solange Torres, membro da Diretoria do Núcleo Integrado Cascatinha/Projeto Manuelzão. “Nosso objetivo é que as crianças cuidem das nascentes perto de suas casas e sejam multiplicadoras dos nossos ideais e o intuito é limpar a Lagoa da Pampulha para que possamos um dia voltar a nadar, pescar e navegar no Rio das Velhas”, disse.
“O Pampulha Viva é como uma semente. Estamos plantando essa semente de conscientização nos alunos. Esperamos que ela crie raízes e que eles possam enxergar a Lagoa da Pampulha não só como cartão postal de Belo Horizonte, mas enquanto bioma”, relata a professora Poliana Evangelista, da Escola Municipal Maria Silva Lucas, que acredita na importância do projeto e nos resultados positivos que a educação ambiental está oferecendo aos alunos.
Conheça a região da sub-bacia da Pampulha e Ribeirão do Onça
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Arquivo CBH Rio das Velhas – TantoExpresso (Bianca Aun e Lucas Nishimoto)
Separação do lixo é dever de casa
Uma das lições de casa que o estudante Welisson de Souza faz questão de dividir com a sua família é a separação correta do lixo. “Falo para minha mãe que, plástico e garrafa se coloca numa sacola e lixo orgânico em outra”, relata o aluno da 8º série, da Escola Municipal Maria Silva, Lucas (sobrenome) que há dois anos participa do Pampulha Viva e do Projeto Guardiões do Meio Ambiente.
Unidos pela revitalização da Lagoa da Pampulha
Preocupados com a situação degradante da Lagoa, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas e o Projeto Manuelzão lutam junto a sociedade civil, pela revitalização do local. “Quando lançamos a Meta 2010 do Projeto Manuelzão, colocamos a revitalização da Pampulha nesse conjunto”, relata o presidente do CBH Rio das Velhas, Marcus Vinicius Polignano ao ressaltar que as escolas são parceiras fundamentais. “À medida que todos nós nos unimos nessa causa nos fortalecemos na luta pela revitalização da Pampulha. Os resultados já são visíveis. Além da diminuição dos esgotos lançados nos córregos que deságuam na Lagoa, a cada ano a quantidade de lixo recolhida diminui gradativamente. Um compromisso que envolve não só a mudança de mentalidade do poder público, mas também de toda comunidade”, finaliza.
Conheça a história da Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Onça
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
comunicacao@cbhvelhas.org.br