O novo colegiado do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco tomou posse, última quinta-feira (16) para um mandato de quatro anos – de 2021 a 2025. A solenidade foi realizada de modo híbrido, tendo a parte presencial ocorrida em Maceió (AL), e transmitida pelo canal do CBHSF no YouTube.
Na ocasião, foi eleita a nova Diretoria Colegiada do CBHSF, que agora tem como vice-presidente Marcus Vinícius Polignano, secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas). A chapa única vencedora do pleito tem também José Maciel Nunes de Oliveira como presidente e Almacks Luiz Silva como secretário.
Representante da sociedade civil (Instituto Guaicuy), Polignano é médico, especialista em medicina sanitária, mestre em epidemiologia, professor colaborador do Departamento de medicina preventiva e social e coordenador do Projeto Manuelzão (UFMG). Ex-presidente e atual secretário do CBH Rio das Velhas, ele também coordena o Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas (FMCBH).
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Temos todo um problema em relação à gestão das águas e o uso e ocupação de territórios. Isso é o que determina a disponibilidade hídrica, além das demandas e do modelo energético que acabam consumindo as águas do rio São Francisco. O grande desafio é trabalhar isso, sabendo que ainda temos os fatores aquecimento global e mudanças climáticas. Teremos também que investir na mudança dos entes em termos de políticas públicas, não só em obras ou intervenções que o Comitê possa fazer diretamente, pois há situações que são ligadas ao planejamento dos Estados, ao fortalecimento dos comitês de afluentes. Precisamos entender que todos nós somos parte do território e não podemos fugir da realidade. As políticas públicas deverão ser compartilhadas e isso terá que ser negociado, articulado. O Comitê tem suas possibilidades e competências, e essa articulação se tornará inevitável com os entes federados”,
destacou Polignano durante a solenidade.
Em meio ao contexto de crise hídrica que ditou o tom dos discursos, ele pontuou que a escassez tem que ser entendida muito mais como uma questão estrutural do que momentânea. “Ela faz parte de um desenho, de um modelo de apropriação de território que está se mostrando ineficaz para o resultado, que é a produção de água para o coletivo. E aí vão sofrer desde as populações ribeirinhas que vão ter biodiversidade e peixes em menor quantidade, até a questão do próprio consumo da água pelos humanos, da dessedentação de animais e dos fatores econômicos que dependem da água para sua produção”, finalizou.
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Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Luiz Ribeiro / Deisy Nascimento