Conheça e Preserve: Parque Municipal Lagoa do Nado, em BH

28/12/2018 - 14:38

A região Norte da capital mineira tem uma grande diversidade de atrações para os belo-horizontinos e pessoas que vêm visitar a cidade. Além de todo o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, uma boa opção para quem curte a natureza e atividades esportivas e culturais é o Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado.

Inaugurado em 1994, o parque possui uma área de 311 mil m² e, nela, uma lagoa de 22 mil m², que faz de um passeio uma experiência incrível. O lago é afluente do Córrego Vilarinho, que deságua no Ribeirão Onça. Além de toda a mata ciliar que circunda o corpo d’água, o espaço conta com cerca de 130 espécies de árvores, sendo quase todas nativas, como o ipê, aroeira branca, urucum, jatobá, barbatimão, quaresmeira e goiaba brava. A fauna também contém uma gama de animais, como pica-pau, biguá, coruja, frango d’água, anu, alma de gato, trinca ferro, mico-estrela, gambá, esquilo-caxinguelê, tatu, morcego, além de lagartos, cágados, anfíbios e peixes.

A população belo-horizontina pode ter um amplo contato com a natureza no local, mas o Parque Lagoa do Nado oferece também boas opções com o esporte e a cultura. São três quadras de vôlei/peteca, campo de futebol, pista de caminhada, playground e uma pista de skate estilo street – que simula obstáculos de rua. Há um local para teatro de bolso, teatro de arena, biblioteca, sala multimeios e viveiro de mudas.

Parque Lagoa do Nado reúne vários atrativos naturais e esportivos-culturais. (Créditos: Fernando Piancastelli).

Além disso, por lá são regularmente promovidas diversas atividades de educação ambiental, cultura e esporte com o apoio da Fundação Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Esportes, como as atividades do 46º Grupo de Escoteiro Lagoa do Nado.

Os chefes escoteiros se reúnem aos sábados, das 14h30 às 17h30, com crianças e jovens de 6 anos até os 21. De acordo com a presidente do 46º Grupo de Escoteiros, Ana Cristina, o objetivo do projeto é promover um desenvolvido social entre os jovens. “O parque oferece uma estrutura muito boa para a realização das nossas atividades, além de ser ótimo para mostrar aos nossos escoteiros a importância da preservação do meio ambiente”, comentou.

Para o coordenador do Subcomitê Ribeirão Onça, Eric Machado, o Parque Lagoa do Nado é uma referência de unidade de conservação na capital mineira. “Ele é importante até para contar a história do município. Contar para aqueles que ainda não sabem como é importante lutar e não deixar que interesses maiores subjugam aquilo que é fundamental para a gente: as águas. O parque é, ainda, uma estrutura de lazer e cultura, que integra todos da comunidade”.

Veja mais fotos do Parque Lagoa do Nado:

História

Devido aos mercadores originários da Bahia e do Norte de Minas que utilizavam o distrito de Venda Nova como entreposto comercial em suas rotas rumo ao Curral Del Rey, Sabará e Rio de Janeiro, o córrego do Nado ganhou o nome no final do século XIX. A beira das margens de um riacho de águas límpidas, os mercadores descansavam, lavavam suas roupas e tomavam banho.

Até a década de 1960, o parque era da família do ex-prefeito da capital mineira, Américo René Giannetti. Nesta época, o uso da área era restrito à família e aos seus amigos. Com a ocupação dos bairros e a chegada da urbanização naquela década, a Fazendinha Janete, como era chamada localmente, foi caindo no abandono até que, no início dos anos 1970, crianças e jovens da região começaram a utilizá-la como área para recreação e lazer.

Em 1973, por meio de um decreto que indicava a desapropriação da área e previa a destinação do espaço para a “construção de um parque ou qualquer obra de interesse público”, que se foi pensado no Parque Municipal Lagoa do Nado. Quatro anos mais tarde, um projeto para a construção de um conjunto habitacional foi aprovado, fazendo com que a população se mobilizasse a favor da implantação do Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, resultando no surgimento da Associação Cultural Ecológica Lagoa do Nado (ACELN), ONG que liderou as negociações para criação definitiva do parque.

Em 1984, uma lei municipal autorizou a compra do terreno da antiga fazenda pela Prefeitura de Belo Horizonte para a construção de um parque público, mas somente em 1994 o parque foi inaugurado. Com sua infraestrutura, o parque cumpre os objetivos pretendidos pela comunidade de conservação da paisagem e da biodiversidade, formação e difusão cultural, educação ambiental, lazer contemplativo e práticas esportivas.


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