A diretoria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) realizou, por teleconferência, a primeira reunião da atual gestão.
O primeiro assunto do dia foi a definição do Encontro Anual de Subcomitês, que reúne, além de coordenadores das Câmaras Técnicas (CTs) e Grupos de Trabalho (GTs), representantes dos 19 coletivos organizados nas principais sub-bacias e expressão da capilaridade e da participação que distinguem o CBH em todo o Brasil.
Por questões de logística e estrutura de hospedagem e alimentação, o evento, que se pretendia promover em Várzea da Palma, na foz do Rio das Velhas, foi transferido para Pirapora e acontecerá no final de novembro.
Karen Castelli e Jeam Alcântara, da Equipe de Mobilização do CBH, detalharam a proposta de metodologia do Encontro, que vai se debruçar sobre o Plano de Trabalho do mandato que começa. Heloísa França, secretária-adjunta, sugeriu ainda uma “apresentação geral da composição, estrutura e atribuições do CBH”.
Na tarde do último dia, está programada visita à Barra do Guaicuí, onde o Velhas entrega suas águas ao São Francisco, possivelmente numa barquejada proposta pelo vice-presidente do Comitê, Ronald Guerra.
Outro tema tratado foi a composição da diretoria ampliada e das CTs e GTs. Ohany Vasconcelos, coordenadora técnica da Agência Peixe Vivo, fez uma breve análise da composição anterior das CTs como ponto de partida que garanta a qualidade dos trabalhos a cargo de cada uma. Convites diretos serão enviados caso as vagas não sejam preenchidas por indicação das instituições que compõem o CBH.
Guerra informou já ter “adiantado conversas para as CTs e diretoria ampliada”, buscando “instituições proativas”. O martelo será batido na próxima plenária.
Diagnóstico
Luiz Ribeiro, representante da empresa TantoExpresso, que desenvolve o Programa de Mobilização Social e Educação Ambiental do CBH Rio das Velhas, levou à reunião minucioso diagnóstico que será base para a elaboração do Plano de Educação Ambiental (PEA) da bacia.
O trabalho rastreou as iniciativas mais relevantes de Educação Ambiental (EA) no território, mapeou temas prioritários, reconheceu os diferentes públicos-alvo e levantou os principais ativos que já propiciam o desenvolvimento de iniciativas de Educação Ambiental.
O processo que culminou no diagnóstico principiou pela distribuição de um formulário de autopreenchimento, seguida por reunião com CTs e Subcomitês, contatos via e-mail e telefone com empresas usuárias dos recursos hídricos, prefeituras e órgãos estaduais e uma oficina de diagnóstico participativo.
Foram mapeadas 282 iniciativas formais e não formais de EA, 42% delas concluídas e 58% em andamento ou de cunho permanente.
Poliana Valgas, presidente do CBH, deu os “parabéns pelo trabalho”. “Já estou com outro olhar aqui”, disse, agradecendo “o cuidado”. Propôs também “pensar em miniexpedições pelo Velhas e pelos afluentes como ferramenta de Educação Ambiental”.
Heloísa França considerou o diagnóstico “robusto e muito bom”. Para ela, as “empresas muitas vezes fazem EA como obrigação, mandam para as escolas e nem acompanham”. Por isso, frisa: “É preciso trabalhar o fortalecimento dessa relação com as prefeituras. Muitos prefeitos não conhecem o rio, as UTEs [Unidades Territoriais Estratégicas], os Subcomitês”.
Pequenos alinhamentos serão feitos com a diretoria para a aprovação definitiva do produto e encaminhamento dos próximos passos para a formulação do PEA.
A reunião ainda definiu o dia 25 de outubro como data da próxima Plenária Ordinária do CBH Rio das Velhas.
Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Paulo Barcala
*Foto: Bianca Aun