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Em mais um ano, CBH Rio das Velhas promove série de webinários em agosto

18/08/2025 - 9:55

Durante o mês de agosto, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) realizará uma série de webinários voltados para temas relevantes à proteção do território e à governança das águas. Com a participação de especialistas e da comunidade que vive ao longo da bacia, os encontros virtuais ocorrerão sempre às terças-feiras, a partir das 18h30, no canal do CBH Rio das Velhas no YouTube.


A iniciativa, intitulada “Agosto: mês do conhecimento na Bacia do Rio das Velhas”, chega à sua terceira edição, após o êxito alcançado em 2023 e 2024.


Confira a programação para 2025:

05/08 (terça-feira), às 18h30 – Webinário Monitoramento e Fiscalização dos Recursos Hídricos

O uso consciente e a gestão eficiente da água são desafios centrais em um cenário marcado por pressões crescentes sobre os recursos naturais. Em meio à intensificação da demanda hídrica, da degradação ambiental e das mudanças climáticas, torna-se cada vez mais urgente fortalecer os instrumentos que garantam a preservação e o uso sustentável dos recursos hídricos.

O monitoramento e a fiscalização são pilares fundamentais dessa governança. Eles não apenas asseguram o cumprimento da legislação, mas também oferecem subsídios essenciais para a tomada de decisões, o planejamento de políticas públicas e a promoção da justiça socioambiental. Sem dados confiáveis e sem o devido controle sobre os usos da água, corremos o risco de comprometer a qualidade e a disponibilidade desse bem essencial para as presentes e futuras gerações.

Reconhecendo a importância estratégica desse tema, o CBH Rio das Velhas promoverá um webinário dedicado ao debate e ao aprofundamento das práticas de monitoramento e fiscalização. O evento será estruturado em três momentos complementares, reunindo especialistas, representantes de órgãos públicos e da sociedade civil para refletir, propor e compartilhar experiências em torno dessa agenda fundamental:

Biomonitoramento de longo termo no rio das Velhas
Carlos Bernardo Mascarenhas – Biólogo, Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre pela UFMG. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades de Peixes, atuando principalmente nos seguintes temas: ictiofauna, comunidade de peixes, inventários, biomonitoramento de peixes, biotelemetria, com trabalhos nos rios São Francisco, Paraopeba e das Velhas, entre outros. É biólogo do Projeto Manuelzão desde 1999, responsável pelo biomonitoramento de peixes na bacia.

Fiscalização Ambiental Estadual em Recursos Hídricos
Gustavo Endrigo – Engenheiro Florestal pela UFV, Mestre em Tecnologias e Inovações Ambientais pela UFLA. Gestor Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, atual Superintendente de Fiscalização.

Que lama é essa: pesquisa e ciência cidadã na bacia do Rio das Velhas
Daniela Campolina – Bióloga, mestre e doutoranda em Educação na linha Ensino em Ciências, pela UFMG, com intercâmbio doutoral pela York University (Canadá) como bolsista no Programa Climate Justice do QES-Scholars. Professora na educação básica em Minas Gerais. Cocoordenadora do Grupo de Pesquisa e Extensão Educação Mineração e Território (EduMiTe), onde coordena o Observatório de Barragens de Mineração (OBaM). Integra o Instituto Cordilheira, na coordenação de Projetos. Ativista no Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela, Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM) e Red Latinoamericana de Mujeres Defensoras de Derechos Sociales y Ambientales. Conselheira do Subcomitê Rio Itabirito pelo Instituto Guaicuy.

Mediação: Luiz Fernando Loureiro – Médico veterinário, analista ambiental do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) desde 2013, atuando com gestão socioambiental de áreas protegidas, com foco em pesquisa e monitoramento da biodiversidade. Atual coordenador do Programa Monitora. Experiências também com geoprocessamento, avaliação de impacto ambiental e manejo de fauna silvestre. Coordenador do Subcomitê Rio Cipó.



Confira a gravação na íntegra:


12/08 (terça-feira), às 18h30 – Webinário Sociedade civil na gestão das águas

A gestão das águas é uma responsabilidade coletiva que demanda o engajamento de diversos atores sociais. Entre eles, a sociedade civil ocupa um lugar central, seja na construção de agendas locais, na defesa de direitos, na fiscalização do poder público ou na promoção de práticas sustentáveis. Sua participação ativa fortalece a democracia ambiental e amplia a legitimidade das decisões sobre o uso e a conservação dos recursos hídricos.

Em um contexto de desafios crescentes — como o aumento da escassez hídrica, os conflitos pelo uso da água e os impactos das mudanças climáticas —, o envolvimento da sociedade civil torna-se ainda mais estratégico. É por meio da escuta, do diálogo e da atuação colaborativa que se constroem soluções eficazes, justas e duradouras para a gestão das águas. Valorizar e ampliar os espaços de participação social é, portanto, um caminho essencial para garantir o direito à água e à vida com dignidade.

Com o objetivo de fomentar esse debate, o CBH Rio das Velhas realizará um webinário dedicado ao papel da sociedade civil na governança hídrica. O evento reunirá representantes de movimentos sociais, organizações não governamentais, conselhos e coletivos, para discutir experiências, desafios e estratégias de fortalecimento da participação social na construção de políticas de água mais inclusivas e eficazes.

Projeto Manuelzão: uma história sobre participação na gestão das águas
Márcia Marques – Mestre em Geografia e Análise Ambiental, Coordenadora de Integração do Instituto Guaicuy/Projeto Manuelzão, coordenadora do Projeto Cercadinho Vivo, professora universitária e consultora na área de meio ambiente. Coordenadora do Subcomitê Ribeirão Arrudas e conselheira do CBH Rio das Velhas.

Defender o Gandarela é urgente e essencial para garantir as águas da vida
Maria Teresa Corujo (Teca) – Pedagoga, Educadora Ambiental e Ambientalista. Integra o Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela, o Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM) e as ONGs MACACA e Instituto Cordilheira. Coordenadora do Subcomitê Águas do Gandarela e conselheira do CBH Rio das Velhas.

Os desafios dos afluentes do Velhas na Cordilheira do Espinhaço Meridional
Alex Mendes – Administrador, Especialista em Arqueologia, Fundador e Diretor da ONG Caminhos da Serra – Ambiente Educação e Cidadania. Diretor da REMAP (Rede de Mosaicos de Áreas Protegidas do Brasil) e conselheiro dos Parques Estaduais do Pico do Itambé e do Biribiri, do Mosaico das Unidades de Conservação da Serra do Espinhaço Vale do Jequitinhonha e Serra do Cabral, e do Conselho Turístico e de Patrimônio e de Políticas Ambientais da Cidade de Gouveia.

Mediação: Rose Calixto – Graduada em Ciências Biológicas e Gestão Ambiental, especialista em ESG, Educação Ambiental e Sustentabilidade Botânica, vice-presidente da Associação Cidade Limpa e Arborizada-CILIAR. Coordenadora do Subcomitê Ribeirão Jequitibá.



Assista na íntegra, ao vivo:


19/08 (terça-feira), às 18h30 – Webinário Lixo e Água: Uma Agenda Integrada de Gestão

A gestão dos recursos hídricos está intrinsecamente ligada à forma como lidamos com os resíduos sólidos. O descarte inadequado do lixo — urbano, industrial, agrícola ou doméstico — compromete a qualidade das águas, impacta ecossistemas, agrava desigualdades sociais e impõe desafios cada vez mais complexos à saúde pública e ao meio ambiente.

Nesse contexto, torna-se essencial promover uma agenda integrada de gestão que reconheça a interdependência entre o manejo dos resíduos e a conservação dos corpos d’água. Superar a fragmentação entre políticas de saneamento, gestão ambiental e recursos hídricos é um passo fundamental para a construção de soluções mais eficazes, sustentáveis e justas.

Atento a essa urgência, o CBH Rio das Velhas reunirá especialistas, gestores públicos e representantes da sociedade civil para debater caminhos possíveis, compartilhar experiências e fortalecer estratégias que unam esforços em prol de um futuro com rios mais limpos, comunidades mais saudáveis e uma gestão ambiental mais integrada.

Gestão de resíduos em Minas: situação atual, desafios e perspectivas
Alice Libânia – Engenheira Ambiental, Doutora e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG. Técnica em Saneamento e Meio Ambiente pelo CEFET/MG. Superintendente de Resíduos da SEMAD-MG. Servidora de carreira da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) há 16 anos. Membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), ocupando o cargo de Vice-presidente sessão Minas Gerais, e Integrante da Câmara Técnica de Resíduos, sessão MG. Professora Titular do Centro Universitário UNA e UNI-BH.

Catadores e as águas: coleta seletiva, economia circular e o futuro das bacias
Anderson Viana – Fundador e diretor executivo da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Nova União (Unicicla), diretor da REDESOL-MG e diretor Sudeste da UNISOL Brasil. Coordenador estadual do Programa de Formação Paul Singer (SENAES/Ministério do Trabalho). Conselheiro do Subcomitê Rio Taquaraçu. Já coordenou o projeto Minas Reciclando Atitudes, do Governo de Minas, com forte atuação na inclusão social, gestão de resíduos e fortalecimento dos catadores. É uma das principais lideranças da economia popular solidária em Minas Gerais e no Brasil.

Um olhar integrador para águas e resíduos a partir da legislação ambiental
Luciano Alvarenga – Bacharel em Direito pela UFMG, doutor em Direito pela Universidade do Minho (Portugal), mestre e doutor em Ciências Naturais pela UFOP, onde atualmente realiza estágio pós-doutoral. É professor, investigador e assessor no Ministério Público de Minas Gerais desde 2002.

Mediação: Aline Dias – Administradora, mestranda em Sustentabilidade, embaixadora e consultora pelo Instituto Lixo Zero Brasil, conselheira do Subcomitê Ribeirão da Mata. Integra o Coletivo Lixo Zero Pedro Leopoldo, o Coletivo Lixo Zero Minas Gerais, o Conselho do Parque Estadual da Serra do Sobrado, a Aliança Resíduo Zero Brasil, o Núcleo Alter Nativas de Engenharia de Produção da UFMG, o Fórum Estadual Lixo e Cidadania, o movimento MG Contra Incineração, a Articulação de Resíduos Orgânicos de BH, o Tempo de Plantar PL e a Frente Socioambiental PL/MG. Atua desde 2021 em apoio voluntário à ASCAPEL – Associação de Catadores de Pedro Leopoldo.



26/08 (terça-feira), às 18h30 – Webinário Juventude pela água: mobilização, protagonismo e inovação

A construção de um futuro mais justo, sustentável e resiliente passa, necessariamente, pela escuta e pelo protagonismo das juventudes. Em um contexto de transformações aceleradas, marcado por crises socioambientais e pela urgência de novos paradigmas de convivência com a natureza, os jovens têm se destacado como agentes de mudança, trazendo novas linguagens, tecnologias, formas de organização e modos de engajamento que desafiam e renovam as práticas tradicionais de gestão dos recursos hídricos.

No campo da água, a participação juvenil vai além do ativismo: ela se expressa em iniciativas inovadoras de educação ambiental, no uso criativo das redes digitais, na atuação em territórios vulnerabilizados, na articulação de coletivos e no fortalecimento de redes que unem saberes, lutas e experiências. Reconhecer, valorizar e potencializar esse protagonismo é fundamental para a construção de políticas públicas mais inclusivas, dinâmicas e conectadas com os desafios contemporâneos.

Com o objetivo de visibilizar essas ações e fomentar o diálogo intergeracional, o próximo webinário do CBH Rio das Velhas reunirá jovens lideranças para refletir sobre os caminhos da juventude na governança hídrica, destacar experiências inspiradoras e fortalecer estratégias de engajamento juvenil em defesa das águas.

Quando um rio é uma comunidade: mobilização na microbacia do Capão
Clarice Flores – Arquiteta urbanista, tem atuação e pesquisa dedicadas a comunidades urbanas ambientalmente vulneráveis, tecnologias sociais aplicadas ao planejamento urbano e práticas de democratização de conhecimentos espaciais a partir de linguagens, cartografias e pedagogias. É cofundadora do CRIA Lab – Laboratório de Tecnologias Circulares, Regenerativas, Inovadoras e Ancestrais, integra o Coletivo ORLA e o Núcleo Capão/Projeto Manuelzão.

Nascentes Vivas: Juventude em Ação na Recuperação das Nascentes
Marcos Vinicios Sander – Jovem estudante de 17 anos, que atualmente cursa o 3º ano do Ensino Médio na E. E. Antônio Delphino dos Santos, de Prudente de Morais, além de Técnico em Química pela Escola Técnica Municipal de Sete Lagoas e é bolsista pela UFSJ atuando em projetos de pesquisas na área de química e biologia. Idealizador do projeto “Nascentes Vivas – Juventude em Ação na Recuperação das Nascentes”, que o levou a ser eleito ao Parlamento Juvenil do Mercosul e se tornou o representante titular do estado mais votado do país.

Festival da Onça: Juventudes na correnteza do Baixo Onça
Letícia Ribeiro Santos – Arquiteta e urbanista, especializada em Planejamento Ambiental Urbano e Produção Social do Espaço, mestranda em Geografia. Possui experiência em planejamento urbano, mobilização social em contextos de vilas e ocupações de Belo Horizonte e com comunidades atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Atua como coordenadora de mobilização e articulação do Festival da Onça, uma iniciativa do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG que promove mutirões, formações e atividades culturais na Região do Baixo Onça, em Belo Horizonte.

Mediação: Pedro Henrique Pires – Graduando em Ciências Socioambientais, voluntário no Instituto CRESCE – Centro de Referência em Educação Ambiental, Sustentabilidade e Cultura do Espinhaço, coordenador do Subcomitê Águas da Moeda.




Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social