Membros do CBH Rio das Velhas participam de oficina sobre áreas prioritárias para a segurança hídrica mineira

31/08/2023 - 9:34

Durante os dias 29 e 30 de agosto, terça e quarta-feira, membros do Comitê de Bacia Hídrica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) participaram da 3ª e 4ª oficinas de mapeamento de áreas prioritárias à Segurança Hídrica em Minas Gerais. O evento, que ocorreu em Belo Horizonte, é uma realização do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM).


O Programa Estratégico de Segurança Hídrica e Revitalização de Bacias Hidrográficas de Minas Gerais – Somos Todos Água possui prioridade perante o Governo de Minas Gerais. O programa que possui o intuito de ampliar a segurança hídrica no Estado, prevê nove encontros, sendo quatro já realizados, para que representantes, técnicos e profissionais opinem e discutam critérios para a execução do plano.

O encontro, que ocorreu pela primeira vez em modalidade presencial, discutiu três eixos temáticos, sendo eles: 1) Conservação e restauração da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos relacionados à água; 2) Produção sustentável e uso racional dos recursos hídricos; e 3) Saneamento, controle da poluição e obras hídricas.

Entre os temas discutidos, a garantia de suprimento por fontes subterrâneas, critério presente no segundo eixo temático, ganhou bastante atenção entre os presentes. O conselheiro do CBH Rio das Velhas e Subcomitê Rio Bicudo, representante do Coresab (Consórcio Regional de Saneamento Básico Central de Minas), Leandro Vaz Pereira, considera o assunto urgente e importante, já que não há nenhum controle dessas fontes na Bacia do Rio das Velhas. “Entre os níveis de 01 a 10, a nossa área foi tida como número 1. Portanto, foi observado com criticidade. Além do que, em um panorama geral, mais da metade da bacia do Rio das Velhas, ao menos 75%, está com níveis críticos no tema. Então, dentro dos pontos abordados achei este um dos mais importantes”, explicou Leandro.

Para o Diretor-Geral do Igam, Marcelo da Fonseca, as oficinas coroam o projeto, já que os critérios técnicos, que já foram indicados anteriormente pelos participantes, estão sendo discutidos e validados coletivamente. “Todos os critérios são técnicos e objetivos justamente para nos dar segurança na escolha de quais áreas e quais intervenções precisarão sofrer ali. (…) É um processo participativo e coletivo, na qual nós tivemos especialistas nos apontando quais seriam esses critérios, quais são as áreas que precisam ser trabalhadas, critérios que foram também validados e referendados por vocês. As oficinas que antecederam esse momento tiveram esse caráter, de validação dessas áreas prioritárias que é o cerne do processo”, afirmou Marcelo.

Além disso, Marcelo da Fonseca reconhece que há um sentimento preocupante em relação às mudanças climáticas e que a prioridade atual do governo estadual é executar o plano de segurança hídrica. De acordo com o diretor do Igam, “o nosso plano estadual de recursos hídricos vai dar essa diretriz para as ações do Estado em prol da segurança hídrica”.


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O mediador da área dos Afluentes do Alto Rio São Francisco, Leonardo Mitre, ao final da oficina, fez um balanço dos assuntos mais discutidos e que preocupam entidades e profissionais. De acordo com ele, “a situação das Bacias do Rio das Velhas, no que tange a região metropolitana de Belo Horizonte, e a Bacia do Rio Paraopeba foram bastantes citadas. Eu, como belo-horizontino, sei que essas questões envolvem todas essas temáticas”.

Para finalizar, Leonardo Mitre ainda disse que durante a oficina muitas pessoas discutiram a integração dos planos para o atendimento de uma determinada região. “Tivemos uma série de questões voltadas para até onde vai um Plano Estadual de Segurança Hídrica, Plano Estadual de Recursos Hídricos, Planos de Bacia Hidrográficas, ações do Plano Municipal de Saneamento Básico, ações do Plano Diretor de Drenagem Urbana (…). Penso que, sabemos planejar muito bem, mas falta integrar tudo isso em um plano único para uma determinada região, município e bacia” explicou Mitre.

Membros do Comitê que estavam presentes pretendem levantar pontos e discutir com cada região os assuntos tratados durante as oficinas.


Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: João Alves
*Fotos: João Alves