Mudas do Viveiro Langsdorff colaboram para recuperação da Estação Ecológica da UFMG

06/12/2021 - 12:35

Na última sexta-feira (3) ocorreu a primeira etapa do plantio de 5 mil mudas doadas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) à Estação Ecológica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), localizada no bairro Caiçaras, em Belo Horizonte. A Estação enfrentou um incêndio no início deste ano que afetou parcialmente o quarteirão 15. As mudas foram solicitadas pela UFMG ao Comitê através do chamamento público lançado em janeiro deste ano, e ação de recuperação faz parte do projeto de extensão Mais verde, mais vida da universidade. Na ocasião, professores e alunos plantaram cerca de 400 mudas.

A professora Maria Auxiliadora Drumond, diretora da Estação Ecológica, destaca a importância da área não só para Belo Horizonte, como também para a Bacia do Rio das Velhas. “A Estação possui 114 hectares, um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado, uma vez que estamos numa área de transição entre esses dois biomas. São várias espécies exóticas e uma grande diversidade de fauna. Estamos situados numa região de expansão urbana, com uma avenida (Carlos Luz) que corta a estação em dois fragmentos, além de ser uma região que, em época de seca, sofre com incêndios florestais. Nesse sentido, o plantio das mudas ajuda a recuperar as áreas degradadas e contribui para a minimização dos impactos de mudanças climáticas, alterando localmente o microclima e protegendo as nascentes que existem na região.”

 

 

 

 

Quem soube do chamamento público para doação de mudas do viveiro foi o aluno Luiz Filipe Lima, do 7º período de Geografia e bolsista da Estação Ecológica. Ele falou sobre a importância da parceria com o CBH Rio das Velhas e da iniciativa da universidade em colaborar com a comunidade para o tão necessário equilíbrio ambiental urbano: “Essa parceria possibilitou uma ação crucial para a valorização do espaço da Estação Ecológica enquanto uma área verde urbana. O quarteirão 15 tem grandes áreas queimadas, assim como tomadas pelo capim. É uma ação importante para o equilíbrio ecológico não só da estação, como também de Belo Horizonte. A nossa proposta é levar mudas para outras áreas, principalmente dentro do meio urbano na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas.”

Já a professora Andreia Siqueira Carvalho, coordenadora da Estação Ecológica, agradeceu a colaboração do Comitê, através do Viveiro Langsdorff, para o início do projeto Mais verde, Mais vida. “Esse plantio dentro da área da UFMG contribui para a recuperação de áreas degradadas dessa Estação, medida importante tanto para a universidade quanto para o município. Este é um dos fragmentos florestais mais importantes de Belo Horizonte devido à sua diversidade e tamanho, com seus serviços ambientais e ecossistêmicos recuperados. Em nome da Estação Ecológica e do projeto Mais verde, mais vida, eu gostaria de agradecer ao CBH Rio das Velhas pela iniciativa desse edital, que vai contribuir para um ambiente mais equilibrado e harmônico. Este foi um passo importante para o lançamento do nosso projeto e gostaríamos de contar com futuras iniciativas”, finalizou.

Viveiro Langsdorff

O Viveiro Langsdorff está localizado no município de Taquaraçu de Minas, no Médio Alto Rio das Velhas, região Central do Estado. São mais de 60 espécies da Mata Atlântica, todas adaptadas ao nosso clima, altitude e pluviosidade, já que derivam de sementes coletadas na região. O objetivo principal da parceria entre o CBH Rio das Velhas e ArcelorMittal Brasil em torno do viveiro é recuperar nascentes e matas ciliares da bacia e mitigar os gases de efeito estufa decorrentes das emissões geradas no transporte de produtos da empresa até seus clientes finais.


Conheça mais o Viveiro Langsdorff:


Projeto Mais verde, mais vida

O projeto Mais verde, mais vida é uma iniciativa da Estação Ecológica da UFMG em parceria com os departamentos de Gestão Ambiental (DGA) e de Áreas Verdes (DAV), da Pró-reitoria de Administração (PRA) da UFMG, e de instituições da comunidade externa. Pensado inicialmente para a recuperação de áreas degradadas prioritariamente em regiões de urbanas de vulnerabilidade social, o pontapé inicial do projeto foi dado dentro do próprio território universitário em virtude da pandemia da Covid-19. Esta foi apenas a primeira etapa do projeto, que deverá continuar o plantio do restante das mudas provenientes do viveiro envolvendo outros atores da sociedade.

Veja mais fotos da ação

 


Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Leonardo Ramos
Fotos: Fernando Piancastelli