Na última terça-feira (6), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) e o Subcomitê Rio Itabirito concluíram o “Projeto de Controle e Recuperação de Erosão na Bacia do Rio Itabirito”. Em Seminário Final realizado no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), em Itabirito, comunidade e beneficiados acompanharam a apresentação de resultados das ações realizadas no território.
As microbacias dos Ribeirões Carioca e Silva, do Córrego do Bação e do Baixo Rio Itabirito receberam, ao todo, 63 bacias de contenção, 844 metros de cercas em Áreas de Preservação Permanente (APPs), 15 hectares de áreas reflorestadas com espécies nativas, 4.800 metros de terraços de níveis e 59 caixas de infiltração/dissipação. As comunidades também foram beneficiadas com oficinas de capacitação e educação ambiental. Igor Santos, Diretor Técnico da Aplicar Engenharia, empresa executora do projeto, avalia que a execução contou com a proximidade dos beneficiados, alcançando, com isso, bons resultados. “Essa proximidade com a população nos ajudou a finalizar o projeto com qualidade. É um legado que fica para a comunidade. Foram feitas muitas barraginhas, elas contêm a enxurrada com sedimentos e abastecem os lençóis freáticos. Com relação ao plantio de espécies nativas, devido ao clima bom na região, tivemos uma taxa de sobrevivência das mudas de 95%, quando o normal é de 70% a 80%”, celebra.
Elza das Graças Machado é proprietária da Pousada Bonina, em Itabirito, e recebeu com alegria o plantio de 1 mil mudas nativas em torno do local onde uma antiga nascente secou. “Gosto muito de plantar. Nós tínhamos uma nascente ali, as mudas foram plantadas próximas do local onde ela secou. Espero que essa nascente reviva”, torce. Ela afirmou que paga pela outorga anualmente e, assim que descobriu que o projeto executado em sua pousada foi possível graças aos recursos da cobrança pelo uso da água, exclamou: “quando fazemos a coisa certa, o retorno é maravilhoso!”
Conselheira do Subcomitê Rio Itabirito e representante da secretaria municipal de Meio Ambiente, Fabíola Nonato considera que a participação popular e o acompanhamento das autoridades foram decisivos para o sucesso. “Acompanhei desde o início, tivemos uma fiscalização muito boa do poder público e da comunidade, que foi muito participativa. O projeto é muito importante, não só para os afluentes, mas para toda a bacia do Rio Itabirito. Acredito que em alguns anos vamos ver os resultados”, concluiu.
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Ação é fruto da cobrança pelo uso da água
O Projeto de Controle e Recuperação de Erosão na Bacia do Rio Itabirito foi realizado graças aos recursos arrecadados através da cobrança pelo uso da água. Instrumento de gestão implementado em 2010, a cobrança é uma importante fonte financiamento de diversas ações, como educação ambiental, produção de água, recuperação de áreas degradadas, proteção de nascentes e cabeceiras de rios e muitas outras, como também um convite ao uso racional da água.
Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Leonardo Ramos
*Fotos: Leonardo Ramos