Para o Comitê é preciso que os órgãos executores e o governo assumam o problema, elaborem ações voltadas à gestão dos recursos hídricos e divulguem sobre a necessidade do uso racional da água.
A situação na Bacia Hidrográfica do rio São Francisco e o abastecimento humano foram assuntos discutidos na plenária do CBH Rio das Velhas que aconteceu no dia 20, em Belo Horizonte. A preocupação do Comitê está no fato que a população da Região Metropolitana da capital pode ficar sem abastecimento de água. O alerta para a situação partiu da constatação de que o rio vem apresentando vazões muito baixas próximas de 7m³/s, e mesmo assim, normalmente são retirados 6m³/s para o abastecimento. “O futuro do abastecimento da Região Metropolitana pode estar ameaçado, dado que 40% vêm do reservatório de Bela Fama”, ressalta o presidente do Comitê, Marcus Vinicius Polignano ao explicar que o rio das Velhas nunca passou por tão grave situação.
“Da nascente a foz, o rio vem diminuindo sua vazão, comprometendo a qualidade e quantidade de água e inviabilizando seus múltiplos usos”, alertaram membros dos Subcomitês do Onça e Bicudo.
“O Comitê não pode ficar omisso nesta preocupante situação dos recursos hídricos. A responsabilidade é de todos os envolvidos. O Comitê deve partir de dados científicos e mostrar o que está acontecendo”, afirmou o vice-presidente do Comitê, Ênio Resende.
“Precisamos desconstruir essa imagem de que está tudo bem. Somente assim conseguiremos mudar a atitude da população”, comentou um dos Conselheiros.
Na plenária, ainda foram discutidas ações que serão tomadas de continuação ao acompanhamento dos trabalhos de investigação sobre o rompimento da barragem, em Itabirito, em setembro e os informes dos Subcomitês que destacaram a situação preocupante do rio das Velhas. “O Comitê estará dando todo o respaldo às ações dos Subcomitês. Temos que pensar soluções conjuntas e coletivas para nossa bacia”, afirmou Polignano.
Os processos e elaboração dos projetos hidroambientais também foram apresentados, além do Plano Estratégico do projeto de “Monitoramento qualitativo de águas superficiais na área da UTE do Ribeirão Caeté/Sabará”, pela LUME Estratégia Ambiental.
Veja as fotos da plenária:
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Ações da Copasa para a Meta 2010/2014
De acordo com o secretário do Comitê, Valter Vilela, que apresentou a Meta 2010/2014, na visão da Copasa, desde 2004, a empresa vem intensificando as ações de coleta e tratamento de esgoto na bacia do Velhas para impedir que dejetos sejam lançados no rio. “Entre as aços estão à construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e o desenvolvimento de programas como o “Caça Esgoto” para implantar redes coletoras e interceptoras, além da construção de Unidades de Tratamento de Resíduos”, disse.
Ainda segundo Vilela somente na bacia do rio das Velhas existe 29 ETEs; sendo que 21 estão em operação, uma em ampliação, cinco, em obras e duas em fase de licitação e projeto de planejamento. Para Polignano, o avanço foi significativo diante da ampla falta de saneamento no país. “O mérito das Metas 2010 e 2014 é a conscientização das pessoas e a ajuda dos parceiros” ressalta.
Confira a apresentação
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Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
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