Com o intuito de integrar a Bacia Hidrográfica do rio das Velhas e fazer com que as ações conjuntas sejam canais de cidadania e melhoria de vida da população, o Subcomitê Caeté/Sabará realizou no dia 12 de novembro reunião ordinária, na cidade de Caeté.

O Ribeirão Caeté/Sabará é um dos primeiros afluentes a impactar o Rio das Velhas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua sub-bacia abrange uma área de 844,66 Km², 2,17% do território total da bacia rio do Velhas.

Conheça um pouco mais sobre o Subcomitê Caeté Sabará

Para o coordenador geral do Subcomitê, Ademir Martins Bento, o encontro foi um momento único e significativo para discutir os assuntos que envolvem a sub-bacia. “Ao lidarmos com a população de nossa sub-bacia estamos nos envolvendo com todos os aspectos que a pertencem, seja na saúde, nos projetos hidroambientais ou na educação. Por isso, nosso encontro hoje se transforma em um momento de busca por melhorias que vão além, e passam pela qualidade de vida das pessoas”, disse.

Veja como foi a reunião

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Um dos assuntos mais importantes discutidos na reunião foi a saúde, dentro desta perspectiva foi apresentado pela bióloga e coordenadora da Vigilância e saúde de Caeté, Marina Lúcia Lima de Ornelas Duarte, o estatus do programa de controle da esquistossomose em áreas endêmicas do município.

O projeto do Ministério da Saúde, já acontece desde 2003 e percorre o município, mapeamento, diagnosticando e fazendo a prevenção da doença. “A saúde engloba todos os aspectos da bacia. Por isso, para fazer um diagnóstico dos problemas hídricos que podemos ter na área do subcomitê, temos que passar pela saúde local. Como as propostas e os trabalhos de prevenção queremos diminuir o risco de incidência da doença para a população. Assim contribuímos para a melhoria da qualidade da bacia”, ressalta Marina.

“De fato a região de Caeté é uma região endêmica, onde o trabalho é localizado em vários setores. Temos casos, mas que não são muito acima do esperado. No entanto, existem algumas localidades em que o número de casos é maior. Caso, da região de Morro Vermelho, o que mais preocupa. Na localidade estamos levantando os dados da área para ver quais as estratégias serão adotadas”, afirmou Marina ao argumentar que educar a população é a parte mais difícil do trabalho, porque não depende somente da instituição. “Ela depende da mobilização, da adesão, da mudança de comportamento. A questão maior está em como mobilizar as pessoas e fazê-las entender que também fazem parte do processo e tem que contribuir de alguma forma com as ações do dia a dia. Esse é o desafio de qualquer programa de saúde”, ressalta.

Veja a apresentação do trabalho do Programa de Controle da Esquistossomose

A bióloga destacou a parceria com o Comitê e Subcomitê. “Para nós ela é muito importante e demonstra as ações que são realizadas. Ao compartilharmos dificuldades, aprendemos com as experiências de outros locais para realmente harmonizar as ideias e fazer a diferença. As trocas de experiências são sempre muito ricas”, reforça.

Para o coordenador Ademir Martins, tudo passa pela saúde e educação. “A educação deve ser mobilizadora, se trabalhamos a criança na escola iremos criar o questionador, o mobilizador do amanhã”, revela. Ainda se apresentou o analista ambiental, Leonardo Couto Nascimento, que explanou sobre Gestão Ambiental da Jaguar Mining.

Plano de ação

Para finalizar o encontro, o planejamento estratégico do SCBH Ribeirão Caeté/Sabará com a participação dos conselheiros começou a ser construído e será finalizado em outras reuniões.

O objetivo do plano é a melhoria da qualidade e quantidade da água na bacia do ribeirão. A proposta é construir parcerias nos trabalhos de educação ambiental, proteção e recuperação de nascentes, matas ciliares e fomento da agricultura familiar. “O plano de ação tem que ser construído conjuntamente, pois somos uma bacia complexa e de muitas realidades”, disseram integrantes do Subcomitê.