Nos dias 18 e 20 de julho, o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) junto ao Subcomitê do Rio Taquaraçu promoveram o Seminário Final do “Projeto de Requalificação Ambiental na UTE Taquaraçu”, nos municípios de Caeté e Taquaraçu de Minas. A execução do projeto ficou a cargo da empresa Aplicar Engenharia e contou com o apoio da Agência Peixe Vivo.

A apresentação dos resultados ocorreu em duas datas e localidades diferentes para contemplar as áreas escolhidas pelo projeto. Caeté recebeu o seminário na terça-feira (18), no Sítio do Milton, e Taquaraçu de Minas recebeu o seminário na quinta (20), na Fazenda Canavial, propriedade da senhora Matilde Lara, membro do Subcomitê Taquaraçu e ligada ao CBH Rio das Velhas há 25 anos.

O projeto buscou promover ações de recuperação hidroambiental na UTE Rio Taquaraçu através da produção de água nas sub-bacias do Ribeirão Ribeiro Bonito e Córrego Engenho Velho por meio de intervenções em áreas identificadas como prioritárias. Ao todo, foram construídas 42 bacias de contenção de água da chuva, conhecidas como barraginhas, plantio de 90 mudas de árvores nativas, o cercamento de mais de 2.700 metros, a instalação de 14 placas educativas e indicativas de preservação, além de ações de mobilização social e educação ambiental.

Flávia Mendes, coordenadora de projetos da Agência Peixe Vivo e responsável por este contrato, ressaltou a importância das intervenções realizadas na UTE Taquaraçu. “Essas intervenções promovem melhorias tanto na qualidade, quanto na quantidade das águas da bacia do Rio Taquaraçu. Isso porque, em caso de chuvas fortes, as barraginhas, por exemplo, retém as águas, sedimentos e poluentes, o que diminui a probabilidade de que estes mesmos sedimentos sejam depositados nos leitos dos rios que compõem a bacia”, completou Flávia, destacando a relevância também das demais intervenções, que garantem a conservação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) da região.

Seminário em Caeté

Para o coordenador do Subcomitê Rio Taquaraçu, João Paulo Sarmento, que esteve presente no seminário em Caeté, a realização do projeto é fruto de uma união entre a população local e o Comitê. “Foi um projeto na qual as pessoas que moram no território demandaram, então vemos que a mobilização está tendo resultados. O produtor rural está empenhado em ajudar e é claro que vamos buscar mais projetos dessa natureza”, afirmou.

Ademir Martins Bento, o Sr. Ademir, morador da região e que possui 25 anos de atuação no CBH Rio das Velhas, comentou o valor da ação realizada. “Esse acontecimento aqui, para nós, tem um valor muito grande, pois essa região já teve conflito pelo uso da água e as dificuldades para contorná-las foram enormes. Mas semeamos, cuidamos com muito carinho e cuidado para semear, e hoje estamos colhendo os frutos. Para a gente, isso aqui está sendo bom demais”, comemorou Sr. Ademir.

A mobilizadora social da empresa Aplicar Engenharia, Paula Cristina da Silva, reflete sobre o legado deixado pela obra. “Viemos para contribuir com a Bacia do Rio Taquaraçu. É um projeto que acredito que vai trazer um legado para a região de Caeté e Taquaruçu de Minas. Estamos muito felizes e agradecidos por fazer parte.

Confira as fotos dos dois dias de Seminário:

Taquaraçu de Minas

Em Taquaraçu de Minas, o seminário começou com uma apresentação musical do grupo Companhia Clandestina. O vice-prefeito de Taquaraçu de Minas, Marcilio Cruz, além de produtores rurais, membros do poder público do município, representantes da Aplicar Engenharia e da Agência Peixe Vivo estiveram presentes no seminário. “Acredito nesse projeto, no trabalho de vocês para que possamos usufruir de nossa cidade em sua potencialidade e melhorar a qualidade de vida de nosso povo”, falou o vice-prefeito.

“Temos muito para fazer, pode acreditar em Taquaraçu, temos muita gente boa aqui e pedimos que vocês tragam o melhor aqui para o município”, completou Matilde Lara, membro do Subcomitê Taquaraçu e proprietária da fazenda que foi sede do seminário. Matilde abriu a atividade falando sobre sua relação que chega a 25 anos com o CBH Rio das Velhas. “O CBH Rio das Velhas é uma instituição muito reconhecida em todo o Brasil, conheçam essa história, procurem saber mais sobre projetos como este aqui, fundamentais para nossa bacia. Peço uma salva de palmas ao comitê”, pontou.

Flavia Mendes, coordenadora de projetos da Agência Peixe Vivo, falou sobre o papel da agência nesta etapa do projeto. “Hoje realizamos esse seminário de entrega, mas o serviço de monitoramento, junto à Aplicar, segue até o mês de setembro, e estamos à disposição para o que for preciso”. Flavia Lopes, mobilizadora social da Aplicar Engenharia, seguiu com a apresentação do projeto e falou sobre as três oficinas de educação ambiental realizadas em um ano e sete meses de projeto na região. Os resultados do projeto foram novamente apresentados pelo engenheiro e representante da Aplicar, Thiago Antunes. Uma roda de conversa encerrou os trabalhos na quinta-feira.

Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: João Alves e Arthur de Viveiros
Fotos: João Alves e Arthur de Viveiros