Edição nº21 da Revista Velhas, publicação semestral do Comitê, já está disponível

31/03/2025 - 10:00

Neste mês de março, a Revista Velhas, publicação semestral do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, chega a sua 21ª edição e, a partir desta segunda-feira (31), sua versão digital já está disponível para leitura! Confira aqui alguns destaques e leia a publicação na íntegra!


O Rio e a cidade

“O rio não quer chegar, mas ficar largo e profundo…”. João Guimarães Rosa, filho ilustre da bacia do Rio das Velhas, cunhou essa e outra penca de célebres frases sobre a natureza, seus elementos e a relação com o ser humano. Para ele, vindo de Cordisburgo, região dos Ribeirões Tabocas e Onça, no Médio Velhas, o rio querer ficar largo e profundo é algo natural e corriqueiro.

Em terras urbanas, contudo, o rio pode até querer se alargar. Mas será que as pressões da cidade permitem que o rio siga sendo rio? Pois justo em Belo Horizonte, a maior das cidades de toda a Bacia do Rio São Francisco, a exposição ‘Lembra: isto é rio’, do fotógrafo André Carvalho, jogou luz sobre cursos d’água urbanos das bacias dos Ribeirões Arrudas Onça.

O nome da exposição é uma referência à frase pixada pelo artista Comum, nas vigas de concreto do canal do Arrudas, na região central da capital mineira. A afirmação, que deveria ser óbvia, parece necessária quando, cada vez mais, perdemos a compreensão da nossa relação com as águas. Mostraremos aqui um pouco dos registros feitos por André em BH, Contagem e Sabará.

Enquadramento em prol da Revitalização

Também nesta edição da Revista Velhas, o foco é a ação transformadora e o planejamento estratégico para revitalizar nossa bacia. A grande notícia é o avanço do processo de Enquadramento de Corpos Hídricos da bacia, com investimentos estimados em R$ 4 bilhões ao longo de 20 anos e que se aproxima de sua etapa derradeira. A próxima etapa exigirá determinação e uma aliança sólida entre os setores público e privado para garantir que os recursos necessários sejam assegurados, e que o projeto de revitalização seja uma realidade concreta.

Luta por Saneamento

Outro tema em pauta nesta edição é o saneamento. O abismo entre a realidade das redes de esgoto e a necessidade de um esgotamento digno é uma das maiores barreiras ao desenvolvimento humano e ambiental – no Brasil e na Bacia do Rio das Velhas, em particular. Diante dessa realidade desafiadora, apresentaremos os Programas de Saneamento Rural e Urbano idealizados pelo CBH Rio das Velhas, como forma de contribuir a superar essa mácula.


Leia a publicação na íntegra agora:


Água para a capital mineira

Se os esforços por águas de qualidade exigem um compromisso coletivo, igualmente se pode dizer da luta em prol da quantidade e oferta de água. Contaremos aqui como em 2024, durante a segunda maior estiagem da história, um grupo criado pelo CBH Rio das Velhas evitou o racionamento de água e garantiu o abastecimento para milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação assertiva e coordenada entre os diversos atores reunidos no Comitê foi determinante para a superação da crise hídrica.

Riqueza subterrânea em pauta

Em tempos de escassez e de superexploração das águas subterrâneas – que abriga mais de 97% de toda a água doce líquida do planeta – uma técnica pode contribuir para reequilibrar o balanço hídrico. Trata-se da Recarga Gerenciada de Aquíferos, cujos critérios, diretrizes e procedimentos foram recentemente aprovados pelo Copam. Mostraremos o que é essa prática, como funciona e quais os potenciais benefícios.

A fala do ministro

O entrevistado desta edição é o ex-ministro e ex-secretário estadual de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho. Foi quando ele esteve à frente da pasta ambiental de Minas que a Meta 2010 – nascida no Projeto Manuelzão e que buscava nadar, pescar e navegar no Rio das Velhas – foi encampada pelo poder público. “Poucas vezes o Estado institucionalizou como política pública uma meta de uma organização da sociedade civil”, relembra. Ainda assim, ele reconhece que esperava um rio de melhor qualidade ao que temos hoje.


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História e oportunidade

A matéria histórica especial desta edição vem de Matozinhos, particularmente da região hoje conhecida como Mocambeiro. É lá, à beira do Rio das Velhas, que ainda resistem as ruínas da antiga Fazenda da Jaguara e onde são guardadas pitorescas histórias do Brasil Colônia.

Mostraremos também como o turismo rural na bacia do Rio das Velhas se revela como uma oportunidade de valorização das paisagens, saberes e tradições que são a essência da nossa região. As delícias da culinária local, as paisagens preservadas e as histórias de um povo que sempre soube honrar sua terra são um convite para conhecer de perto a riqueza cultural e natural de nossa bacia.

“Terra de gente e de peixes bravos”

Por fim, nosso território em destaque nesta edição é a UTE Peixe Bravo, região que preserva a cultura popular ao longo do Rio das Velhas. A tradição, o saber coletivo e a convivência harmoniosa com a natureza são as grandes riquezas dessa porção de terra que simboliza o que Minas tem de mais profundo em sua relação com as águas.


Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social