Projeto de Produção de Água na sub-bacia do Rio Maracujá avança com apresentação à comunidade de Santo Antônio do Leite

27/08/2024 - 8:45

Na última quinta-feira (22), em Santo Antônio do Leite, distrito de Ouro Preto, o projeto de produção de água na microbacia hidrográfica do rio Maracujá deu mais um importante avanço. Em uma reunião realizada na Escola Municipal Dr. Pedrosa, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), com apoio da Agência Peixe Vivo, apresentou à comunidade local os detalhes do projeto que será implementado nos próximos meses na região.


O projeto de produção de água focará nas Unidades Territoriais Estratégicas (UTE) Nascentes e UTE Itabirito, localizadas no Alto Rio das Velhas, e têm ênfase em obras na microbacia do Rio Maracujá. O CBH Rio das Velhas busca aumentar a disponibilidade de água e melhorar a qualidade dos recursos hídricos neste território, local estratégico para o abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Além disso, a sub-bacia do Rio Maracujá sofre com assoreamento devido aos processos erosivos e voçorocas, portanto, obras para reduzir esses processos e melhorar a taxa de infiltração de água no solo também serão executadas.

O programa de revitalização da microbacia do Rio Maracujá marcou um avanço significativo na execução do projeto, conforme explicou o vice-presidente do CBH Rio das Velhas, Ronald Guerra. “Essa ação que estamos realizando agora é um passo crucial para a implementação do projeto. Já concluímos o diagnóstico, levantamos os custos e a empresa responsável foi contratada para iniciar o trabalho”, afirmou. A iniciativa, que envolve a recuperação de cerca de 20 propriedades, pretende servir como um modelo replicável para outras áreas da bacia.

Guerra ainda ressalta que o projeto contará com um investimento adicional significativo proveniente de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público, proveniente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, e outro da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), totalizando mais de R$ 5 milhões. “Com mais esses recursos iremos também contemplar a recuperação das voçorocas nas propriedades. (…) O projeto incluirá a implementação de um programa de pagamento por serviços ambientais para os proprietários. Essa ação, aliada à rede de articulação institucional, garantirá a continuidade e a eficácia do programa, justamente por assegurarmos que as propriedades recebam a manutenção necessária de forma contínua e sustentável”, explicou o vice-presidente.


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A advogada e dona de um das propriedades da região, Gislaine de Oliveira Silva, agradeceu a iniciativa do Comitê. “Eu acho esse trabalho de preservação das nascentes muito importante, justamente por proteger esse bem tão precioso, como a água. O apoio que vocês estão oferecendo é crucial, especialmente porque, muitas vezes, não sabemos como cuidar adequadamente dessas áreas. Agradeço imensamente por essa orientação e espero que continuem com esse trabalho vital para a população e para nossa região”, expressou a proprietária.

A ser executado com recursos oriundos da Cobrança pelo uso da água na bacia, o projeto prevê obras de cercamento, plantio de mudas, regeneração natural com isolamento, terraceamento, correção do solo, fossa séptica, plantio de gramíneas, bebedouro para gado, adequação de estradas com encascalhamento e bacia de retenção. Além disso, uma consultoria técnica de mobilização social, rotação de culturas e controle de intensidade de pastejo também será oferecida.

O prazo de execução do projeto é de 24 meses e será conduzido pela empresa Fortal, com o apoio técnico e gerencial da Agência Peixe Vivo e da empresa Água e Solo – Estudos e Projetos. A realização é do CBH Rio das Velhas.


Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: João Alves
*Fotos: João Alves