A arborização urbana é definida como o conjunto de vegetação arbórea natural ou cultivada que uma cidade apresenta. E a boa relação entre a natureza e o homem, assim como os obstáculos que o meio urbano possui é essencial para o município. Atendo a estas questões, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) habilitou os gestores públicos e técnicos dos municípios da bacia por meio da capacitação com o tema “O município e as políticas ambientais: arborização urbana e fiscalização”. O evento aconteceu nos dias 30 de junho e 01 de julho e fez parte da programação da Semana do Rio das Velhas 2021.

A capacitação foi organizada pela Câmara Técnica de Educação, Mobilização e Comunicação (CTECOM). A programação contou com a apresentação de palestras de representantes da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), Prefeitura de Contagem e Prefeitura de Belo Horizonte sobre o planejamento e gestão da arborização urbana, critérios para poda de árvores, licenciamento ambiental, fiscalização e sanidade dos animais.

A presidente do CBH Rio das Velhas, Poliana Valgas, participou da abertura da capacitação e explicou que arborização exerce uma importante função nos centros urbanos. “O Comitê comemorou, no dia 29 de junho, 23 anos de atuação e busca sempre aprimorar o conhecimento dos atores da bacia em temas corriqueiros. A bacia do Velhas tem 51 municípios e a arborização é um assunto relevante para todos eles. Muitas cidades, principalmente as menores, precisam entender a importância do planejamento e manutenção da arborização para a qualidade do ambiente urbano e apresentar boas práticas de manejo de arborização urbana”, disse.

O coordenador da CTECOM, Edinilson Santos, foi um dos palestrantes e apresentou os conceitos de planejamento da arborização urbana. “A implantação de uma árvore deve ser precedida de um planejamento que contemple o levantamento de espaços arborizáveis, a escolha das espécies que melhor se adequem a esses espaços, a qualidade das mudas e outros procedimentos de plantio que garantam o estabelecimento e a longevidade da muda plantada. Portanto, a capacitação é fundamental para ampliar o debate e a troca de experiências entre os profissionais envolvidos, em relação à arboricultura”, afirmou.

A engenheira florestal da Cemig, Marina Moura de Souza, esclareceu sobre a importância do manejo adequado. “Plantar árvore é muito fácil, mantê-la é outra situação e este é um dos grandes desafios que enfrentamos nos municípios”, relata. A engenheira detalha que muitas vezes a queda de um galho ou de uma árvore na rede elétrica pode comprometer o trabalho das concessionárias e suas redes. Por isso a necessidade da correta manutenção, os riscos que são voltados para minimizar estes problemas. “A maioria das pessoas querem árvores nos ambientes urbanos, mas é preciso todo cuidado para que consigamos usufruir dos benefícios por elas oferecidos, o maior tempo possível e com segurança”, finalizou.

Fiscalização X educação ambiental

O que a educação ambiental tem a ver com fiscalização ambiental? Seria dizer ao maior número de pessoas o que é “certo” e “errado”? O membro do CBH Rio das Velhas, Eric Machado, apresentou os conceitos, metodologia, projetos e estrutura da fiscalização ambiental e a relação com a educação ambiental.

Ele demonstrou por meio das ações da Prefeitura de Contagem como a educação ambiental tem auxiliado a fiscalização a preservar o meio ambiente, com melhorias significativas. “O monitoramento constante das relações entre as pessoas e a natureza, a partir de regras claras sobre o que é ou não permitido, ajuda a proteger o meio ambiente. Mas, o mais importante é haver uma mudança de ordem cultural, de mentalidade, de concepção de mundo e sobre como nos relacionamos em sociedade e com os recursos naturais. Uma mudança que dê sustentação à construção de outros modelos de desenvolvimento. Uma maneira de ampliar essa contribuição é inserir a educação ambiental no ‘fazer’ da fiscalização ambiental. Ou seja, no cotidiano das práticas das políticas de fiscalização através de ações preventivas”, explicou.

Não acompanhou a capacitação? Assista agora:

Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Luiza Baggio