Enchentes, áreas desmatadas, poluição do ar, rios que mais parecem um canal de esgoto. Se você achou que não teríamos uma conta à pagar por todos esses anos em que negligenciamos a natureza ao construir e “modernizar” as cidades, basta lembrar de janeiro de 2020. Vimos cenas pelas redes sociais e nos telejornais da água tomando conta das avenidas de Belo Horizonte, arrancando o asfalto e empilhando automóveis com uma força explosiva. É que o rio, sufocado, voltou a ocupar o seu lugar de direito.
Não é de hoje que esse assunto preocupa o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. Na construção das cidades da sociedade moderna os rios urbanos foram excluídos, ignorados, cobertos para o alargamento das avenidas, para a construção de novas vias e em outras obras de infraestrutura dos municípios. Essa forma de desenvolvimento que desrespeita as formas naturais do meio ambiente não é só uma realidade de Belo Horizonte, mas uma tendência das administrações públicas que costumam colocar o deslocamento dos automóveis como prioridade no planejamento urbano.
Para entender melhor sobre a equivocada relação que criamos com as águas, como o desenvolvimento urbano é feito de forma a desrespeitar o meio ambiente, a negligência histórica que é cometida da construção das cidades, tanto com a natureza como com a população mais pobre, o convidado do podcast Momento Rio das Velhas é o arquiteto e urbanista Roberto Andrés. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais, editor da revista Piseagrama e colaborador do Subcomitê Ribeirão Onça, Andrés fala de experiências desastrosas e projetos que podem se tornar soluções para melhorar a relação da cidade com as águas.
Ouça o podcast com o arquiteto e urbanista Roberto Andrés:
Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Produção: Luciano Mafra e Luiz Ribeiro