Os problemas ambientais, de saúde pública e de risco decorrentes da ocupação informal das áreas inundáveis, nas margens do Ribeirão do Onça foram suporte para a demanda da implantação de um parque urbano na região.
O parque é uma solicitação antiga da população local que vê na sua implantação melhorias nas condições do bairro. Para a moradora do bairro Aarão Reis, Maria Helena Silva Santos, que mora em um local de risco, a expectativa é que as famílias dessas áreas sejam beneficiadas. “Esperamos melhorais reais e concretas, pois quando chove temos muitos transtornos. O Parque e sua criação pode ser uma esperança para nós”, disse.
A proposta do Parque do Onça vem sendo debatida pela comunidade e pelos movimentos organizados, amplamente nos conselhos temáticos. O proposta, de acordo com o gerente de projetos urbanos especiais da secretaria de Planejamento urbano da prefeitura de Belo Horizonte, Ricardo Cordeiro, visa a recuperação e conservação das margens do Ribeirão do Onça e Gorduras. “Estamos iniciando as oficinas para que possamos em conjunto com a comunidade fazer a elaboração do Parque do Onça. Um projeto que pretende melhorar a qualidade das margens do rio no intuito de melhorar a situação das áreas de risco de enchentes e criar novos espaços públicos para os moradores na região”.
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Como um dos primeiros passos no processo de criação do Parque, se reuniu no dia 29 de outubro, no Espaço BH Cidadania, no bairro Aarão Reis, comunidade, entidades de apoio e prefeitura. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas esteve presente e foi representado pelo presidente, Marcus Vinícius Polignano. Para ele, o momento é especial e histórico, pois representa a luta da população local e dos muitos anos de batalha pelo Parque. “Consolidar a ideia do Parque e construí-la junto à comunidade é um passo diferenciado. E nada mais justo que a própria comunidade construir seu espaço e nele pensar coletivamente melhorias que serão para todos”, ressalta Polignano ao destacar que é sempre uma vitória para o rio das Velhas a implantação de melhorias em seu entorno. “È possível termos compromisso com o meio ambiente. Nosso rio precisa de cuidados sempre”, afirma.
Conselheira do Subcomitê Onça, Maria José Zeferino Vieira, revela que a participação do Subcomitê nesses processos é fundamental. “Lutamos muito por esse parque. Para nós é muito bom perceber que as pessoas estão envolvidas, participando e que a comunidade está presente nas decisões. A participação do Subcomitê é importante e reforça a presença do Comitê. Nosso parque é uma extensão das ações das instituições envolvidas e da comunidade.”
Já para a coordenadora do Subcomitê Onça e presidente do Núcleo Cascatinha, Carla Wstane, o acolhimento das vontades dos moradores no processo é representativo. “Essa é a primeira vez que de fato está se ouvindo as pessoas do entorno. Esse é o momento de opinar, de reconhecer o local em que vive. A bacia do Onça atualmente é considerada a que mais polui o Rio das Velhas, precisamos mudar essa realidade. Discutir o Parque é discutir a cidade e a bacia do Onça como um todo”, esclarece
Parque do Onça
De acordo com informações dos coordenadores do projeto, o Parque do Onça poderá ser um dos maiores de Belo Horizonte, com extensão aproximada de 5,5 km, passando por diversos bairros: São Gabriel, Vila São Gabriel, Ouro Minas, Vila Fazendinha, Novo Aarão Reis, Belmonte, Ribeiro de Abreu, Conjunto CBTU (Novo Tupi), Conjunto Ribeiro de Abreu, Casas Populares (Ribeiro de Abreu) e Monte Azul.
A proposta de elaboração será conjunta. O objetivo do ciclo de oficinas que aconteceu no dia 29, e se estenderá em mais duas oficinas é garantir a elaboração do projeto de maneira democrática e, assim, construir uma proposta que atenda aos anseios da comunidade local. O ciclo foi coordenado pelo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano (SMAPU) e tem o apoio do COMUPRA (Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu) e do Movimento Deixem o Onça Beber Água Limpa.
O produto final destas oficinas servirá de ponto de partida para o desenvolvimento do Projeto Executivo, no âmbito do contrato da Licitação SCO-078/2013, supervisionado pela SUDECAP.
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Assessoria de Comunicação CBH Rio das Velhas
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