Medição de vazão, prática agrícola e projeto de biomonitoramento foram temas da reunião

12/04/2016 - 0:33

Os membros do Subcomitê Guaicuí reuniram-se no dia 05 de abril em Lassance, no Memorial Carlos Chagas.

Iniciando a reunião o coordenador – geral, Jacqueson Azevedo, falou sobre a técnica de integração da lavoura pecuária que foi aplicada na propriedade do fazendeiro Geraldo Sampaio na região. Jacqueson explicou que no ano passado foi mostrado um vídeo sobre o tema, além da visita da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para o esclarecimento da técnica. A técnica consiste no sistema de produção que integra a prática agrícola e pecuária em rotação, consórcio ou sucessão; na mesma área e em um mesmo ano agrícola ou por múltiplos anos.

Veja o vídeo:

Veja as fotos da propriedade que aplicou a técnica

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Fazenda aplica a técnica da integração lavoura pecuária

No encontro, o mobilizador social, Élio Domingos, apresentou ao Subcomitê a campanha “Água como Direito Humano”, Élio pediu para que os membros e convidados do Subcomitê façam uma leitura e análise sobre a campanha com foco nos pontos principais da mesma. A ideia é propiciar um ambiente de discussão sobre como a água, como direito humano e fundamental é tratado na sub-bacia.
Pontos principais da campanha “Água como Direito Humano”
– A água é um bem social essencial à vida humana e de todos os seres vivos, e, portanto, insere-se como um direito
humano;
– É um dever da sociedade e do poder público garantir água de qualidade e quantidade para esta e as futuras gerações;
– O fornecimento de água tratada e serviços de esgotamento sanitário devem ser disponibilizados a preços justos que propiciem a todos os cidadãos o direito de usufruir dos mesmos para o bem da qualidade de vida e saúde de todos;
– O saneamento ambiental deve ser prioridade de governo e deverá ser garantido a todos os cidadãos;
– É dever da sociedade e do poder público preservar a integridade ecossistêmica para manter os rios e mananciais preservados;
– É inadmissível a degradação e poluição dos rios, nascentes e lagos, bem como danos e morte da biota aquática e da biodiversidade;
– É fundamental integrar a gestão ambiental e de recursos hídricos para compatibilizar desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental;
– Nenhum rio poderá ser classificado para além de Classe II (Conama)
– Os planos municipais de saneamento têm que ser efetivamente implantados, definindo metas a serem alcançadas com a efetiva participação social;
– Dar continuidade ao plano de metas para a revitalização do Rio das Velhas.

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Campanha “Água como Direito Humano”

Outro ponto discutido na reunião foi o processo, o qual se encontra a demanda espontânea que foi aprovada no chamamento público. A demanda visa implantar bacias de captação de água (barraginhas) para o controle da erosão nas estradas rurais.

Projeto de Biomonitoramento e Amigos do Rio

O projeto tem o objetivo de realizar coletas e monitoramento da ocorrência e distribuição da fauna de peixes do Rio das Velhas e de seus principais tributários, além da implantação de um sistema de Monitoramento Ambiental Participativo (MAP) que permita o acompanhamento das mudanças das qualidades da água do rio e avaliação das possíveis causas de mortandade dos peixes na Bacia do Rio das Velhas.
Assim, os “Amigos do Rio” surgiram com o Monitoramento Ambiental Participativo (MAP). Os Amigos do Rio é um sistema de monitoramento presente em toda a Bacia do Rio das Velhas e é composto pela comunidade que está próxima ao Rio, os Amigos monitoram a mortandade de peixes e a qualidade da água em sua região, e contam com o apoio técnico da equipe responsável pelo projeto.
“Comecei a participar do Amigos do Rio em julho do ano passado a convite do Projeto Manuelzão, estou gostando de participar do Projeto. Moro no meu sítio que é perto do Rio e olho como está a água e se há a morte de peixes”, afirma o conselheiro, Gaspar Pinheiro Santos.

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O Amigo do Rio e conselheiro, Gaspar Pinheiro Santos no Rio das Velhas em Lassance (MG)

Medição da vazão do Córrego Santo Antônio

O Subcomitê Guaicuí tem a proposta mensal de que a cada reunião seja apresentado um tema para a formação complementar “a intenção é trazer um tema para melhorar e capacitar os membros do Subcomitê”, afirma Jacqueson.
Para a formação complementar o geógrafo, Rodrigo Lemos, explicou para os conselheiros o que é vazão, como medir a vazão e sobre a importância do monitoramento da vazão em um curso d’água.
“A ideia é capacitar tecnicamente os membros para que eles tenham a capacidade de avaliar os impactos das outorgas e dos diversos usos de água na região. Além disso, é interessante capacitar a população para a medição, pois assim teremos uma média histórica de dados”, conclui o coordenador – geral.
“Foi muito bom o aprendizado, agora iremos multiplicar essas medições em outros Córregos”, afirma o conselheiro, Eustáquio Pinheiro da Silva.

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Medição da vazão no Córrego Santo Antônio, Lassance (MG)

Veja as fotos da reunião e da medição da vazão

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É importante ressaltar que a atividade da medição da vazão estava programada para acontecer no Córrego São Gonçalo das Tabocas, porém com o baixo volume aparente de água, a equipe responsável pela capacitação preferiu realizar a atividade no Córrego Santo Antônio, o qual possui um maior volume de água.

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Córrego São Gonçalo das Tabocas com aparente baixo volume de água


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